
Em 11 de setembro de 2001, o mundo parou para assistir ao horror. Quatro aviões comerciais sequestrados por 19 terroristas da Al-Qaeda, liderados por Osama bin Laden, transformaram-se em armas de destruição. Às 8h46, o Voo 11 da American Airlines colidiu com a Torre Norte do World Trade Center, em Nova York. Dezessete minutos depois, o Voo 175 atingiu a Torre Sul. Às 9h37, o Voo 77 da American Airlines explodiu contra o Pentágono, em Washington. O quarto, o Voo 93 da United Airlines, caiu em um campo na Pensilvânia, após passageiros heroicos tentarem retomar o controle. As torres gêmeas desabaram em menos de duas horas, deixando um rastro de escombros e poeira tóxica que ainda causa doenças décadas depois.
O saldo foi devastador: 2.977 vidas perdidas, incluindo 2.753 em Nova York, 184 no Pentágono e 40 a bordo do Voo 93. Milhares de feridos, famílias despedaçadas e uma nação em choque. Representantes de mais de 90 países estavam entre as vítimas, tornando o 11/9 uma tragédia global. O planejamento, orquestrado por Khalid Sheikh Mohammed e aprovado por bin Laden em 1999, visava símbolos do poder americano: o centro financeiro, o militar e possivelmente a Casa Branca.
As causas radicavam em ressentimentos profundos. Bin Laden, expulso da Arábia Saudita em 1991 por criticar a presença militar dos EUA durante a Guerra do Golfo, via os americanos como invasores do mundo islâmico. Sanções ao Iraque, apoio a Israel e bases na Península Arábica alimentaram sua jihad – uma “guerra santa” distorcida pelo extremismo. A Al-Qaeda, formada nos anos 1980 contra a invasão soviética no Afeganistão, evoluiu para uma rede global de ódio.
As consequências redefiniram o século XXI. Os EUA lançaram a “Guerra ao Terror”, invadindo o Afeganistão em outubro de 2001 para derrubar o Talibã, que abrigava a Al-Qaeda. Em 2003, veio o Iraque, sob pretextos de armas de destruição em massa que nunca se confirmaram, gerando instabilidade e o surgimento do Estado Islâmico. Internamente, o USA PATRIOT Act expandiu a vigilância, erodindo privacidades em nome da segurança. Aeroportos mundiais adotaram scanners e restrições; a ONU aprovou a Resolução 1368, condenando o terrorismo e autorizando autodefesa.
Bin Laden foi morto em 2011 no Paquistão, mas o legado persiste: guerras que custaram trilhões, milhares de vidas e divisões geopolíticas.
Nessa quinta-feira, 24 anos depois, o Memorial do 11 de Setembro em Nova York homenageia as vítimas com piscinas reflexivas nos exatos locais das torres. Avanços em DNA identificam restos mortais até agora, como as três vítimas reveladas em agosto de 2025. O 11/9 nos lembra da fragilidade da paz e da resiliência humana. Que sua memória fortaleça o diálogo contra o ódio, para que o terror não vença novamente.