Da redação (JCEditores) –
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que “lamenta” a prisão de seu ex-assessor Steve Bannon, e afirmou que não sabe nada sobre a organização de arrecadação de recursos envolvida no caso investigado por procuradores federais.
“Realmente acho que é um triste acontecimento. Não trato com ele há anos, literalmente ”, disse Trump a repórteres no Salão Oval da Casa Branca.
Bannon é uma das quatro pessoas presas nesta quinta-feira e acusadas de conspirarem para cometer fraude eletrônica e conspirarem para praticar lavagem de dinheiro, em um indiciamento a cargo de procuradores federais de Manhattan.
Os procuradores acusaram os acusados de fraudar centenas de milhares de doadores por meio de uma campanha de financiamento coletivo de 25 milhões de dólares chamada “We Build the Wall”, disse o Departamento de Justiça. Cada um deles pode pegar até 40 anos de prisão.
“Não sei nada sobre o projeto, só sei que não gostei quando li a respeito dele, não gostei. Eu disse ‘isto é para o governo, não é para particulares’, e me pareceu pura exibição”, disse Trump.
O presidente também disse aos repórteres que não conhece os três que foram acusados com Bannon, e que não acredita ter se encontrado com eles nunca.
Para os ‘progressistas’ ele é o homem mais perigoso do mudo
Steve Bannon ajudou a moldar a mídia política de direita nos Estados Unidos que abriu caminho para a campanha presidencial de Donald Trump em 2016, que ele ajudou a levar à vitória.
Com uma aparência desgrenhada marcada pela tendência de usar várias camisas uma por cima da outra, Bannon atacou os “globalistas” e foi visto como um dos arquitetos por trás da agenda “America First” de Trump.
Bannon ajudou a impulsionar os projetos da agenda de Trump denunciando o Acordo de Paris contra as mudanças climáticas, reformulou o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). Ele também esteve por trás da polêmica que buscava impedir a entrada nos EUA de pessoas de vários países de maioria muçulmana, e apoiou a construção de um muro ao longo da fronteira EUA-México — uma das promessas de campanha de Trump.
Fora dos Estados Unidos
Bannon tem procurado expandir sua influência no exterior. Ele tinha conexões com o Vaticano, ajudando a elaborar um projeto para um instituto católico na Itália, em um esforço para promover ‘pensamentos‘ tradicionais na Igreja.
Bannon também se aproximou de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro e um dos principais conselheiros do pai sobre política externa.
Ele ainda desenvolveu relacionamento com o bilionário fugitivo chinês Guo Wengui, refugiado nos Estados Unidos, o bilionário denunciou que a quantia de mortes causado pelo Covid-19 em Wuhan é muito superior ao informado pelas autoridades chinesas. Recentemente, a China organizou até mesmo uma manifestação em Nova York para a extradição de Guo, que apareceu num vídeo onde denunciou o Partido Comunista Chines tendo a estatua da liberdade ao fundo.
Links –
Steve Bannon and U.S. ultra-conservatives take aim at Pope Francis
Guo Wengui , o bilionário que põe a classe política chinesa em suspense
Guo Wengui