AFP – China reconheceu, nesta 6ª feira (13.nov.2020), a vitória de Joe Biden na eleição à Presidência dos Estados Unidos. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Webin, disse em entrevista à imprensa que o país “respeita a escolha do povo norte-americano”.
“Damos os parabéns ao Sr. Biden e à Sra. Harris”, disse Webin. Segundo ele, a China esteve atenta à resposta da comunidade nacional e internacional aos acontecimentos da eleição presidencial norte-americana.
Ao reconhecer a vitória do candidato democrata contra Donald Trump, o porta-voz afirmou que o governo chinês entende que “os resultados das eleições nos Estados Unidos seguirão os dos Estados Unidos”. “As leis e procedimentos são determinados”.
O gesto do governo da China deixa o Brasil ainda mais isolado. O presidente Jair Bolsonaro e o governo brasileiro ainda mantém silêncio enquanto líderes mundiais congratularam Joe Biden por vencer a eleição presidencial.
Os vizinhos da América do Sul, o presidente argentino, Alberto Fernández, e o presidente chileno, Sebastián Piñera, já se manifestaram. Além deles, os primeiros-ministros do Canadá, Justin Trudeau; do Reino Unido, Boris Johnson; e o presidente da França, Emmanuel Macron, deram declarações sobre a vitória do democrata Joe Biden.
Na 3ª feira (10.nov), Bolsonaro desautorizou o vice-presidente Hamilton Mourão depois de ele ter afirmado que o presidente estava aguardando “terminar o imbróglio” sobre a votação nos EUA para se posicionar. Segundo o chefe do Executivo o que Mourão falou é a “opinião dele”.
Bolsonaro citou Joe Biden indiretamente na 2ª feira (10.nov), durante evento no Palácio do Planalto. Ele disse que “quando acabar a saliva, tem que ter pólvora” ao se referir a possíveis barreiras comerciais impostas por outros países condicionadas à preservação da Amazônia. Biden propôs formar de uma coalizão internacional para transferir US$ 20 bilhões (cerca de R$ 115 bilhões) ao Brasil para a preservação da Amazônia.