AFP – No centro de Viena, capital da Áustria, milhares de manifestantes protestaram no sábado (6) contra as restrições para conter a pandemia de Covid-19. Convocados por um partido de extrema direita (FPÖ), eles não usavam máscara nem respeitavam o distanciamento social.
O grupo também exibia cartazes contra os meios de comunicação, chamados por eles de “imprensa falsa”.
Houve enfrentamentos isolados entre os participantes e um grupo de esquerda, contrário à manifestação. Segundo a polícia, ao final do ato, alguns foram detidos por não obedecerem à orientação de se dispersar.
Confinamento na Áustria
O último confinamento na Áustria foi suavizado em fevereiro com a abertura de escolas, lojas e museus. Mas os manifestantes protestaram contra medidas ainda vigentes, como o fechamento de restaurantes e cafeterias, e os testes obrigatórios para os estudantes que vão presencialmente às instituições de ensino.
“Quando as medidas que são tomadas têm como consequência deixar quase um milhão de pessoas desempregadas ou dispensadas temporariamente, isso destrói as pessoas em nível econômico, o que evidentemente terá efeitos de longo prazo para as famílias e as crianças que vivem nelas”, afirmou Christopher Pollack, um dos participantes do protesto.
O ex-ministro do Interior Herbert Kickl, do FPÖ, acusou o governo de levar adiante uma política “louca e estranha”.
Manifestações frequentes
As mobilizações contra as restrições durante a pandemia se multiplicaram nos últimos meses no país. O governo não descartou flexibilizar mais as medidas – desde que as infecções diminuam.
Não parece ser algo próximo a acontecer: o número de contágios tem aumentado nas últimas semanas. Neste sábado, foram registrados mais de 2.500 casos novos de Covid-19.
Segundo o ministro da Saúde, Rudolf Anschober, a variante britânica, muito contagiosa, predomina na Áustria.