Por: Alfredo Melo (info@jsnewsusa.com) –
O novo treinador do 7J 1E, na primeira partida que dirigiu o time, mandou a campo 12 jogadores.
O capitão do time, o zagueiro Zé da Média avisou ao treinador que ele estava escalando 12 jogadores. O treinador, irritado, respondeu ao capitão que ficasse calado, pois o problema era do juiz. Com os times em campo, o juiz pronto para dar a saída, começaram os gritos da arquibancada “o 7J 1E tá com 12 ‘seo’ juiz, os caras tão com 12 jogadores em campo”.
O juiz contou e recontou e teve a certeza que o 7J 1E tinha 12 jogadores em campo e imediata mente chamou o capitão Zé da Média e pediu que tirasse um jogador de campo, Zé da Média disse que não tirava ninguém e que o juiz deveria conversar com o treinador, pois tinha sido ele que escalou o time com 12. O árbitro foi até ao banco de reservas e pediu que o treinador retirasse um jogador de campo.
O treinador chamou o árbitro até a bandeirinha de escanteio e desabafou “‘seo’ juiz, sou novo na cidade, já tenho quase 60 anos de idade, e não posso perder esse emprego. No primeiro treino, recebi várias visitas de pessoas influentes na cidade, sugerindo que eu escalasse seus protegidos. São quatro pedidos do delegado, três do prefeito, dois do sargento chefe do destacamento da PM, dois do padre, um do presidente da Câmara de Vereadores e um do gerente do Banco do Brasil.
Só não entrei com 13, porque o namorado da filha do presidente do clube, tomou um porre de madrugada e não apareceu pra jogar. O senhor pode me ajudar, vai lá escolhe um e tira.
O senhor tem autoridade pra fazer isso, não quero ter problemas. Só não tira o 6 e o 10, um é filho do delegado e o outro sobrinho do prefeito. Ou será o 5 e o 9? Já não sei mais, estou todo atrapalhado”. O juiz se dirigiu ao banco de reservas do time adversário, indignado e desabafando em voz alta. “Doze contra onze? Não aceito esse absurdo. Doze contra onze, só comigo fora do jogo”. E virando-se para o treinador do time Chic de Morrer, ordenou: “Dodô Mendes, bota mais um em campo. Odeio injustiça…”