Da redação – Um vídeo que está sendo compartilhado nos grupos de WhatsApp e redes sociais de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, mostra o marido que é pastor flagrando a esposa, que também é pastora, no motel com o amante, que é bispo, todos de uma mesma Igreja Evangélica local.
O líder religioso que foi flagrado costuma fazer cultos especiais em prol da família tradicional.
O vídeo foi gravado pelo marido traído e, se ficar comprovado que foi ele distribuiu as imagens, o pastor pode responder criminalmente pelo ato.
O líder religioso costuma fazer cultos especiais em prol da família tradicional, pela Igreja Apostólica Jesus Cristo Voltará.
No vídeo, o marido entra aos berros no quarto onde os dois amantes estão e fala contra a mulher e contra o homem, a quem se refere pelo nome. “Você acabou com minha vida, você destruiu minha família”.
Em um segundo momento, o pastor traído fala que vai expor o vídeo. “Isso aqui [o vídeo] vai rodar Campo Grande inteiro, todo mundo vai ficar sabendo”.
Atire a primeira pedra, diz a Pastora
De acordo com o site campograndenews, que informou ter entrado em contato com a pastora, e que ela declarou que não esta bem. “Já aconteceu, não tenho como voltar atrás. Quem nunca errou que atire a primeira pedra. Enquanto a gente julga, estamos sendo julgados”, disse.
Questionada pelo site campograndenews sobre o impacto da exposição após divulgação dos vídeos, ela preferiu não falar do companheiro que estava no motel e defendeu o marido, com quem é casada há 21 anos. “Meu marido já me perdoou, a mulher dele (pastor amante) já perdoou ele.”
Pastor pode responder por vazar vídeo
É crime contra o direito à intimidade e dignidade o ato de gravar e compartilhar vídeos íntimos sem o consentimento da pessoa, de acordo com o Código Penal Brasileiro, desde 2018.
E a pena pode ser agravada caso o crime se enquadre em pornografia de vingança, termo que nasceu do original em inglês ‘revenge porn’, uma prática comum a ex-traídos, trocados ou que simplesmente não aceitam o fim do relacionamento, a fim de tentar ‘punir’ a pessoa envolvida nas imagens com a exposição do momento de intimidade.
A pena para este tipo de crime é de 1 a 5 anos de prisão e quando a vítima já teve qualquer tipo de relacionamento com a pessoa que vazou as imagens, a punição pode ser agravada em até 2/3 do tempo, segundo a lei.