JSNEWS – O Gabinete do Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) atualizou nesta quarta-feira,11, a diretiva que regula as perseguições de veículos realizadas por seus agentes, de forma a aumentar a segurança dos mesmos, depois de uma série de mortes relacionadas com incidentes deste tipo terem ocorrido nos últimos anos.
Embora a nova política não proíba perseguições de veículos, quando necessário, para garantir a segurança nas fronteiras, ela apresenta uma “estrutura clara” para os agentes pesarem os riscos ao iniciar a perseguição.
A nova diretriz também esclarece sobre um padrão de “razoabilidade” quando os policiais tentam efetuar uma prisão ou apreensão. O comissário interino do CBP, Troy Miller, disse que “a segurança de oficiais, dos agentes e do público é primordial à medida que cumprimos nossa missão”.
A nova atualização também esclarece o papel dos supervisores dos agentes do CBP e estabelece requisitos claros de comunicação de informações para melhorar a transparência e a responsabilização.
O CBP também estabeleceu uma equipe, que operará sob a Diretoria de Segurança de Conformidade, que supervisionará a implementação da nova política e do treinamento dos agentes.
A nova política entrará em vigor após um período de treinamento de oficiais de vários meses.
A agência está sob escrutínio público após várias mortes relacionadas a perseguições conduzidas por seus agentes na fronteira sul.
A União Americana de Liberdades Civis no Texas denunciou no início desta semana que em 2022 o CBP estava ligado à morte de 43 migrantes na fronteira EUA-México. Mais da metade dessas mortes estão relacionadas a perseguições de veículos por agentes da Patrulha de Fronteira.
Em 2021, as perseguições do CBP deixaram 22 pessoas mortas, 14 em 2020 e 2 em 2019, disse a ACLU em um relatório anterior.