Bloomberg — O prefeito de Nova York, Eric Adams, pediu às agências do município que submetam propostas de cortes orçamentários anuais de 5% até novembro, pois a cidade busca administrar o ônus financeiro de receber uma onda de 110.000 imigrantes.
O gabinete do prefeito disse que busca minimizar as interrupções em programas e serviços e que não haverá demissões. No entanto “a simples verdade é que os nova-iorquinos de longa data e os requerentes de asilo sentirão esses cortes potenciais, e eles vão doer”, disse Adams em um vídeo no sábado (9).
Grandes cidades em todo os EUA estão lutando para encontrar recursos para abrigar novos migrantes que sobrecarregam o atendimento em abrigos e serviços sociais diante de orçamentos já esticados.
Na cidade de Nova York, que, por lei, não pode recusar moradia a quem precisa, a administração de Adams estima que 10.000 requerentes de asilo cheguem a cada mês, uma enorme onda de imigração que pode custar estimados US$ 12 bilhões ao longo dos próximos três anos fiscais.
Cidades lideradas por democratas têm reclamado por mais de um ano sobre o envio de ônibus de imigrantes, em muitos casos por republicanos, incluindo o governador do Texas, Greg Abbott.
A administração Biden solicitou US$ 4 bilhões em financiamento de emergência para o controle de fronteira e gestão da migração, embora não esteja claro se o Congresso pode chegar a um consenso sobre um plano.
O presidente da Câmara, Kevin McCarthy, considerou a possibilidade de vincular a próxima rodada de ajuda dos EUA à Ucrânia a políticas de imigração e asilo que são contestadas pelos democratas.