Da Redação – Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (28) pelo Genial/Quaest mostra que 68% dos entrevistados acreditam que a manifestação organizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, na Avenida Paulista, deve ser compreendida como um ato expressivo. O instituto ouviu 2.000 eleitores, presencialmente, em todas as regiões do país. A pesquisa denota uma confiabilidade de 95%, com apenas 2,2 pontos percentuais de erro para cima ou para baixo.
O levantamento mostrou que 53% dos entrevistados estavam cientes da manifestação deste domingo (25) em São Paulo. Deste grupo, apenas 6% viram o ato de forma inexpressiva, contra 68% contrários.
Entre os eleitores de Bolsonaro em 2022, 89% alegaram que o evento foi “grande”. Somente 13% do eleitorado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva julgaram o ato como “pequeno”.
De acordo com o instituto, 56% dos eleitores cientes da manifestação entenderam que o ato estava enquadrado nos limites da lei; 27% apresentaram oposição. Metade dos entrevistados inteirados do ocorrido afirmou que Bolsonaro ganhou força na manifestação – 14% alegaram que ex-presidente continuará estagnado e 11% optaram por não responder.
No entanto, 47% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro tenha participado de um ‘suposto’ plano de golpe, 57% julgam que ele não é alvo de perseguição política e 51% alegam que a Justiça acertou em torna-lo inelegível.
Bolsonarismo e Lulismo
Assim como fez Lula quando encurralado pela Justiça, Bolsonaro apelou às massas. A mobilização em torno do petista não impediu que ele fosse preso, mas contribuiu para que ele fosse solto e voltasse ao Palácio do Planalto após inúmeras manobras marcadas por reviravolta inimaginável no momento de sua prisão.
Já se sabe que a PF pretende usar as palavras proferidas por Bolsonaro contra ele mesmo na investigação sobre a existência de uma ‘suposta’ trama golpista orquestrada por ele para permanecer no cargo como um ditador.
Pode ser que, assim como Lula, Bolsonaro venha a ser preso e depois de muitas manobras, saia da cadeia para ocupar novamente a presidência numa daquelas reviravoltas da politica brasileira que é inimaginável nos dias de hoje, como era no momento da prisão do atual presidente do Brasil.