ESTADO – Por causa de um deslizamento de uma pilha de rejeitos localizada dentro de uma mina em Conceição do Pará, no centro-oeste de Minas Gerais, 134 pessoas precisaram ser retiradas de casa. O número foi atualizado pela mineradora Jaguar Mining, responsável pela estrutura. A Agência Nacional de Mineração também determinou a interdição e suspensão imediata de todas as atividades da mina de Turmalina.
Uma vistoria no local foi realizada, nesse fim de semana, após ofício do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. No texto, Silveira pediu a adoção de medidas de fiscalização rigorosas em relação às estruturas para garantir a segurança total dos trabalhadores e residentes na região.
No momento do desmoronamento, a mina estava vazia, porque, em uma inspeção, foi detectada uma rachadura, que indicava um possível rompimento da estrutura. Os bombeiros, a Polícia Militar Ambiental e as Defesas Civil Municipal e Estadual foram acionados.
Os rejeitos atingiram 21 casas, um posto de combustíveis e um galpão, segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. A corporação avaliou a situação como estável, mas afirmou que ainda existem riscos. Por isso, toda a comunidade que vive nos arredores da mina pode ser retirada preventivamente.
Nesse domingo, segundo dia de atuação dos militares no local, a principal atuação foi o apoio à população afetada e a realização do transbordo do combustível derramado, como explicou o Tenente José Maria França Junior. “Nós temos residências evacuadas e moradores em hotéis ou moradias provisórias. A ação dos bombeiros aqui no local está relacionada ao apoio aos moradores da comunidade na retirada de seus bens e pertences, documentação, medicação, animais e avaliação de um transbordo de 43 mil litros de diesel para ser realizado.”
O que diz a empresa responsável?
Em um comunicado, a Jaguar Mining, dona da mina, afirmou que identificou uma anomalia em uma pilha de rejeitos durante uma inspeção e tomou todas as medidas cabíveis. Além disso, destacou que é dado o devido suporte aos moradores e comunidade local.
Em nota, a Jaguar Mining, empresa responsável pela estrutura, informou que “implementou medidas de segurança e oficiou os órgãos fiscalizadores e regulatórios imediatamente após a identificação do deslizamento“. E que a empresa está dando os devidos suportes para os moradores da comunidade local.
A Jaguar destacou que “lamenta profundamente o ocorrido e informa que segue com a investigação para identificar as causas do deslizamento”.