Da Redação – Os Estados Unidos enviaram nesta terça-feira, 4, o primeiro voo com imigrantes presos em território americano para um centro de detenção na Base Militar de Guantánamo, em Cuba, disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
“Não permitiremos mais que os Estados Unidos sejam um depósito de criminosos ilegais de países do mundo todo”, declarou Leavitt à emissora Fox News.
Em janeiro, durante um evento na Casa Branca, Trump afirmou que o local tem cerca de 30 mil camas e que “é muito difícil de escapar”. Ele não detalhou o perfil dos imigrantes que seriam enviados para lá.
Os Estados Unidos possuem uma base militar em Guantanamo, onde foi montada uma prisão. O local recebeu acusados de terrorismo e de envolvimento nos atentados de 11 de setembro de 2001.
Os presos em Guantánamo, no entanto, ficaram em situação jurídica diferente. Por não estarem em solo americano, não estavam sujeitos às leis dos Estados Unidos. Assim, muitos ficaram anos à espera de julgamento.
Lei para facilitar deportações
Em 29 de janeiro, Trump sancionou uma lei, chamada Laken Riley, que determina a prisão e acelera a deportação de estrangeiros que entraram no país de modo irregular e foram processados por crimes como roubo, furto e ataques a policiais.
Riley era uma estudante de 22 anos que foi morta por um imigrante venezuelano. Ele entrou irregularmente no país e havia sido detido por furto, mas não ficou preso.
Críticos da medida dizem que, com isso, bastará que haja uma acusação contra um imigrante para que ele possa deportado, sem esperar pela decisão da Justiça se ele é culpado ou inocente, o que vai contra o processo legal americano.