JSNEWS – A reação da mídia internacional ao “convite” de Jair Bolsonaro para que Alexandre de Moraes fosse seu vice em 2026 foi limitada e, em grande parte, tratada como um episódio curioso, sem grande aprofundamento. A cobertura se concentrou mais no contexto do depoimento de Bolsonaro no STF, relacionado à suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, do que na brincadeira em si.
A imprensa global, sempre ávida por um espetáculo político brasileiro, deu pouca atenção à piada de Bolsonaro. Publicações como The Guardian e Reuters mencionaram o depoimento, destacando as acusações graves contra o ex-presidente, mas o “convite” a Moraes foi relegado a uma nota de rodapé, quando muito. Para esses outlets, a ideia de Bolsonaro, inelegível até 2030, brincar sobre uma chapa com o juiz que o investiga é apenas mais um capítulo no folclore político tropical. A BBC, com seu típico ar de superioridade britânica, notou o momento como “uma tentativa de alívio cômico em um cenário sério”, sugerindo que Bolsonaro, com seu talento para o improviso, confundiu o STF com um palco de stand-up.
Sites como Al Jazeera e France 24 passaram batido pela piada, focando na tensão do julgamento e na inelegibilidade de Bolsonaro. Nos EUA, a CNN International deu uma linha ao episódio, descrevendo-o como “um momento de leveza em um interrogatório pesado”, enquanto o New York Times preferiu ignorar a tirada, talvez por considerá-la indigna de suas colunas.
No X, alguns posts de perfis conservadores tentaram inflar a brincadeira como um sinal de “destemor” de Bolsonaro, mas sem eco significativo na mídia mainstream.
Em resumo, a mídia internacional viu o “convite” como uma nota cômica em um drama maior, uma espécie de alívio momentâneo antes de voltar ao enredo principal: um ex-presidente acuado, tentando desviar o foco com uma piada que nem seus aliados acharam engraçada. O mundo, ao que parece, está mais interessado nas acusações de golpe do que no senso de humor questionável de Bolsonaro.