Por : José Soares Leite – Após a queda do homem, Deus, de imediato, proveu uma esperança de restauração para o ser humano (Gn 3.15). Esta promessa consistia no envio do Messias (Gn 3.15; Is 12.3), que viria da semente da mulher. Inicialmente, esta esperança chegou para o povo escolhido de Deus, os Judeus (Ex 6.7; Lv 26.12; Dt 14.2), os descendentes de Abraão com quem Deus fez concerto aliança com este objetivo (Gn 12.1-3; 17.1-9). Posteriormente esta esperança salvífica se estendeu para toda a humanidade (Is 7.14; Mt 1.23; Lc 2.10- 12; Gl 2.26-29).
Desta forma, ao longo dos séculos os judeus mantiveram a chama da esperança no Messias (S1 45.7). Na plenitude dos tempos (Gl 4.4), Deus enviou o Messias, que recebeu o nome Jesus, que lhe foi dado pelo próprio Deus (Lc 1.31). Quando Jesus realizou Seu ministério terreno, Ele Se identificou como o Messias de Israel, Mc 14:62; (veja Jo 1.41 e 4.25). A palavra Messias vem do hebraico meshiach/ mashiah e do aramaico mesiha e significa o Ungido. Isto é citado 39 vezes no antigo testamento. No grego esta palavra é Cristo, de Christos.
A Igreja Primitiva o reconheceu como tal (At 2.36). Jesus gostava de ser chamado de Filho de Davi por causa da conotação messiânica (Mc 10.47; Mt 21.9,15).
O objetivo de Deus enviar Seu unigênito Filho (Is 9.6; Jo 3.16), foi para redimir a humanidade do pecado (Sl 25.22 Lc 1.68; Rm 3.24), salvar da condenação eterna e resgatá-la para Deus (Mt. 20.29; Mc 10,45). Jesus como homem (Jo 1.1-2,14,15,18) se ofereceu como sacrifício vivo à Deus, padeceu sofrimentos atrozes e derramou o seu sangue precioso (Hb 9.14) dando sua própria vida por amor aos pecadores (Jo 15.13).
Será que tudo isto foi em vão? Definitivamente não. Jesus garantiu que Ele mesmo veria o fruto do trabalho penoso de Sua alma e caria satisfeito com
o resultado que isto traria para o plano de redenção eterna do homem (Is 53.11). O Pai também se agradou em oferecer o Messias em sacrifício vivo para que a humanidade não perecesse (Is 53.10; Jo 3.16-17).
Jesus foi o Messias anunciado em todas as profecias do A.T. que afirmam sobre sua vinda. Jesus compartilhou da natureza divina como Filho de Deus (SI 2.7) e da natureza humana com o verbo encarnado (Gn 3.16; Jo 1.1,14).
Como servo sofredor (Is 53.4-5; Hb 9.26), Ele veio da linhagem judaica para cumpriu toda a exigência da lei de Moisés e consumar na cruz a redenção do homem (Gn 17.2-7; Jo 19.30), tanto de Israel como do gentio (Rm 1.16), a m de que ambos alcançassem a redenção eterna (Is 49.1-6; Lc 2.10-11).
Jesus estabeleceu a nova aliança com o homem que o aceitar como Senhor e salvador (Jr 31.31-34; Mt 26.28). Ele é o destino e o ponto central da história da humanidade (CI 1.16). Amém.
José Soares é Pastor, Bacharel em Teologia e professor de ensino sistemático de estudos Bíblicos como Professor de Escola Dominical e Faculdade de ensino Teológico em Boston.