1 – Nesse Mundial de Clubes que está sendo disputado nos EUA, tem sido marcante a quantidade de jornalistas mostrando o seu lado de torcedor.
Um bom exemplo é o caso de um jornalista espanhol do jornal madrilenho Marca, que silenciou após o Atlético de Madrid ser goleado por 4×0 pelo PSG. Após a vitória do Botafogo por 1×0 sobre o PSG, que recolocou o Atlético de Madrid na briga pela vaga, o jornalista encheu o Botafogo de elogios, dizendo-se impressionado com a forma como o time brasileiro havia dominado o PSG. Na partida entre Botafogo x Atlético de Madrid, em que o time espanhol precisava vencer por 3 gols de diferença e não conseguiu, sendo eliminado, o jornalista disse que o Botafogo era um time fraco e que, se disputasse o campeonato espanhol, não caria entre os dez primeiros colocados.
Vale lembrar que o título espanhol ca entre Barcelona, Real Madrid e Atlético de Madrid. Hoje recebi uma mensagem de Cláudio Jorge, o botafoguense raiz, me lembrando que era mais fácil o Atlético de Madrid não chegar na frente de Botafogo, Flamengo, Fluminense, Galo, Cruzeiro, Grêmio, Internacional, Palmeiras, São Paulo e Coringão. Será que Cláudio Jorge magoou?
2 – Após o empate em 1×1 entre Flamengo x Los Angeles, em que o Los Angeles acertou uma bola na trave do Flamengo e o Flamengo acertou três bolas na trave do Los Angeles, um flamenguista disse que o Flamengo poderia ter vencido por 4×2. Podia não, meu querido.
Trave é zona morta. Quando a bola acerta a trave, ela tem 50% de chances de entrar no gol e 50% de chance de sair pela linha de fundo. Portanto, bola na trave é quase gol e quase saiu pela linha de fundo.
3 – Sorteio é sorteio, não adianta reclamar. O chamado grupo da morte — PSG, Botafogo e Atlético de Madrid — terminou com um tríplice empate, cada um com 6 pontos. O PSG ficou em primeiro, o Botafogo em segundo e o Atlético de Madrid eliminado.
No grupo do Palmeiras, o Palmeiras terminou em primeiro com 5 pontos e o Inter Miami cou em segundo com os mesmos 5 pontos. Moral da história: o Atlético de Madrid foi eliminado com mais pontos do que o Palmeiras, primeiro colocado no seu grupo, e o Inter Miami foi classificado em seu grupo. Aí dói.
4 – O futebol dos clubes argentinos continua não correspondendo ao futebol da seleção argentina. Como vem acontecendo ultimamente, na Libertadores mais uma vez os argentinos são eliminados precocemente, enquanto os quatro representantes brasileiros se classificaram para as oitavas.
Os dois argentinos foram eliminados na primeira fase. Outro fator marcante é a insistência de alguns jogadores argentinos nas cafajestadas em pleno 2025. A confusão arrumada pelo jogador Acuña mostra que os jogadores argentinos continuam mal-educados e agressivos nas derrotas, sempre tentando ofuscar com violência os seus péssimos resultados.
5 – Os bravos rapazes do Auckland City, depois de tomar duas sonoras goleadas, se despediram do Mundial de Clubes contra o Boca Juniors, quebrando dois tabus: marcaram um gol e empataram uma partida.
O empate em 1×1 com o Boca confirmou, com requintes de crueldade, a eliminação dos argentinos.
6 – Durante a fase de grupos do Mundial de Clubes, à medida que os times brasileiros iam se classificando e comemorando a passagem às oitavas de final, a imprensa esportiva europeia dizia não entender o porquê de os brasileiros darem tanta importância a esse torneio. Bobinhos… foi só os eliminados Porto e Atlético de Madrid desembarcarem em Portugal e Espanha para que fossem desmascarados pelos protestos das duas torcidas pela eliminação na fase de grupos.
Bem, até que enfim o Alfredo Melo assume a verdade que nunca quis calar: ele é o Gatinho Cruel, que agora sai de cena para dar lugar ao seu criador. Enorme criatura no sentido literal, na bondade, no caráter e no conhecimento profundo do futebol e das coisas boas da vida, inclusive pratos deliciosos. Ah, tem também a paixão pelo Botafogo cada dia maior…