JSNEWS – Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (4), conforme noticiado pela Reuters, que podem começar a exigir uma caução de até US$ 15 mil – para alguns vistos de turismo e negócios (B-1/B-2). Segundo a agência, que cita um “aviso do governo norte-americano”, o novo programa piloto será lançado em duas semanas, com o objetivo de reprimir visitantes que ultrapassam o prazo de validade de seus vistos (overstays).
No entanto, o anúncio carece de detalhes específicos, como os países-alvo, os critérios para aplicação da caução ou a base legal do programa, o que levanta questionamentos sobre sua veracidade ou novidade.
A iniciativa é semelhante ao Visa Bond Pilot Program anunciado em 2020 pela administração federal, conforme reportado pela Al Jazeera em 24 de novembro de 2020. Naquela ocasião, o programa exigia cauções de US$ 5.000, US$ 10.000 ou US$ 15.000 de solicitantes de vistos B-1/B-2 de 23 países com taxas de overstay acima de 10%, incluindo nações como Afeganistão, Angola, Burkina Faso, Burundi, Chade, República Democrática do Congo, Irã, Líbia, Síria e Iêmen. Publicado no Federal Register (Public Notice 11218), o programa vigorou de 24 de dezembro de 2020 a 24 de junho de 2021, com o objetivo de testar a viabilidade operacional das cauções e incentivar governos estrangeiros a reduzir overstays. A Al Jazeera destacou que a medida, implementada no final do mandato de Trump, foi criticada por visar desproporcionalmente países africanos e poderia ser revertida pela administração Biden.
Em outro desenvolvimento, em abril, o governo dos Estados Unidos anunciou que começaria as vendas dos “Gold Cards”, ou “Cartões Dourados”. Segundo o presidente Donald Trump, o documento custará cerca de US$ 5 milhões e abrirá caminho para que imigrantes ricos obtenham a cidadania americana.