JSNEWS – A Polícia Estadual de Massachusetts está acompanhando de perto uma série de mortes e descobertas de restos humanos na região da Nova Inglaterra, enquanto especulações apontam para a possível existência de um assassino em série. O coronel Geoffrey Noble, chefe da Polícia Estadual, destacou que a agência está atenta a esses casos, com detetives e o Centro de Fusão da Polícia Estadual analisando possíveis conexões. O Massachusetts State Police Fusion Center (MSP), um centro de inteligência e coordenação que funciona como um hub central para a coleta, análise e compartilhamento de informações relacionadas a ameaças à segurança pública.
O MSP esta coletando informações relacionadas para determinar um padrão, embora possa haver ligações entre os vários casos de homicídio e restos humanos encontrados, não há evidências que indiquem a atuação de um assassino em série até o momento.
Noble, ex-detetive de homicídios, afirmou ao Boton Herald que os casos estão sob observação, mas semelhanças ou consistências entre eles ainda não foram confirmadas. Os incidentes começaram em 6 de março, quando um crânio humano foi encontrado em uma área florestal próxima à Rota 3, em Plymouth, Massachusetts. No mesmo dia, o corpo de Paige Fannon, de 35 anos, foi descoberto no rio Norwalk, em Norwalk, Connecticut. Em 19 de março, os restos mortais de Suzanne Wormser, de 58 anos, de Groton, Connecticut, foram encontrados dentro de uma mala perto da entrada do Cemitério Colonel Ledyard.
As autoridades posteriormente acusaram o companheiro de quarto de Wormser, Donald Coffel, de 68 anos, pelo assassinato, após ele confessar. Coffel faleceu na prisão logo depois. Outros casos intensificaram as especulações.
Em 20 de março, residentes de New Haven, Connecticut, encontraram os restos de Denise Leary, de 59 anos, em uma área florestal. Em 26 de março, os restos de Michele Romano, de 56 anos, de Warwick, Rhode Island, foram descobertos em uma área arborizada em Foster, Rhode Island, com a polícia considerando a morte suspeita. Em 9 de abril, restos masculinos não identificados foram localizados próximos a trilhos de trem em Killingly, Connecticut. Em 10 de abril, restos esqueléticos foram encontrados perto da saída 117 da rodovia Massachusetts Turnpike, em Natick, Massachusetts, embora as investigações iniciais não indicassem crime. Em 22 de abril, a polícia de Springfield encontrou Meggan Meredith, de 45 anos, inconsciente perto de uma ciclovia, sendo posteriormente declarada morta.
O promotor do condado de Hampden, Anthony Gulluni, abordou as preocupações públicas, afirmando que cada caso está sendo investigado minuciosamente em colaboração com parceiros das forças policiais. Ele alertou contra a disseminação de medo ou desinformação nas redes sociais, destacando que alegações não verificadas podem comprometer investigações em andamento e criar uma sensação de pânico desnecessária.
O criminologista James Alan Fox, da Universidade Northeastern, expressou ceticismo sobre a conexão entre os casos e a existência de um assassino em série. Ele apontou a ausência de semelhanças significativas entre os casos, observando que os falecidos variam em características e nem todas as mortes foram confirmadas como homicídios. Os locais das descobertas estão espalhados por uma ampla área geográfica, exigindo deslocamentos consideráveis, o que não corresponde ao padrão típico de assassinos em série.
Fox, que contribui para o Banco de Dados de Assassinatos em Massa da Northeastern, também destacou que avanços em ferramentas investigativas, como análise de DNA e vigilância generalizada, reduziram a prevalência de assassinatos em série em comparação com meados do século XX.
Embora discussões online apontem semelhanças, como restos encontrados em áreas florestais e a predominância de mulheres entre os mortos, autoridades e especialistas pedem cautela ao tirar conclusões até que as investigações apresentem evidências mais claras.