
O presidente Donald Trump teme reviver os traumas de seus dois impeachments, que ele considera “caças às bruxas”. Apesar de seu retorno à Casa Branca, a possibilidade de os democratas conquistarem a Câmara ou o Senado em 2026 o preocupa. Historicamente, o partido opositor ganha força nas midterms, como em 2018, quando os democratas tomaram a Câmara, bloqueando a agenda de Trump e iniciando investigações.
Com o poder de intimação, poderiam repetir o cenário, constrangendo aliados e até iniciando um terceiro impeachment. Esse receio impulsiona ações drásticas. Trump pressiona por um redistritamento no Texas para criar cadeiras republicanas, uma medida polêmica que gerou reações em outros estados. Ele também enviou a Guarda Nacional a Washington e pressiona o Federal Reserve para reduzir juros, visando estimular a economia. Essas decisões refletem sua tentativa de evitar uma derrota em 2026, que comprometeria seus dois últimos anos e seu legado.
A aprovação da Lei do Grande e Belo Projeto, que favorece ricos e corta serviços, gerou críticas e protestos, dificultando a campanha republicana. Trump evita promovê-la e reduziu eventos públicos após reações negativas. O escândalo Epstein reacendeu, dividindo sua base, enquanto a economia mostra sinais de fraqueza devido às tarifas. Assessores planejam desregulamentações para reverter o cenário, mas a pressão sobre o Federal Reserve, incluindo ameaças de demitir Jerome Powell, abala os mercados. Trump busca nacionalizar as eleições, mobilizando eleitores republicanos, e cogita medidas controversas, como restringir o voto por correio e exigir prova de cidadania. Analistas veem a Câmara como vulnerável, com os democratas precisando de poucos assentos para tomar o controle.
O Senado, protegido por estados conservadores, é menos arriscado. Para Trump, manter o Congresso é crucial para evitar investigações e assegurar seu legado.