JSNEWS – Afirmando uma ampla redefinição da política externa americana, o presidente Joe Biden disse nesta quinta-feira, 04, que interromperia a retirada das tropas americanas estacionadas na Alemanha e encerraria o apoio à ofensiva militar da Arábia Saudita no Iêmen e faria do apoio aos direitos LGBTQ a pedra angular da diplomacia em seu governo.
Em sua primeira visita ao Departamento de Estado como presidente dos Estados Unidos, Biden pediu um retorno ao “fio terra de nosso poder global“. Ele procurou animar o corpo diplomático, muitos dos quais estavam ‘desencorajados‘ pelas políticas e pelo tom do ex-presidente Donald Trump. “A América está de volta. A diplomacia está de volta”, disse Biden em breves comentários à equipe do Departamento de Estado.
Trump no ano passado, apesar da resistência do Congresso, anunciou planos para realocar cerca de 9.500 dos cerca de 34.500 soldados americanos estacionados na Alemanha, que abriga as instalações militares importantes como a Base Aérea de Ramstein e o quartel-general do Comando Europeu dos EUA e do Comando dos EUA na África.
Trump anunciou a retirada depois de solicitar repetidamente para que a Alemanha pague pela sua própria defesa, chamando o aliado de longa data da OTAN de “delinquente” por não auxiliar as despesas militares, o que é verdade, a Alemanha não destina os 2% de seu PIB destinada à manutenção da aliança militar que ela faz parte.
Horas antes da visita do Departamento de Estado de Biden, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, anunciou que o presidente também emitirá um memorando presidencial que tratará da proteção de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros em todo o mundo. Como candidato, Biden se comprometeu a priorizar os direitos LGBTQ no cenário internacional, prometendo usar “toda a gama de ferramentas diplomáticas da América” para promover a igualdade.
Durante a visita desta quinta-feira ao Departamento de Estado, disseram autoridades que Biden planeja anunciar que aumentará o limite do número de refugiados permitidos nos Estados Unidos para mais de oito vezes o nível em que o governo Trump estabeleceu. Trump reduziu drasticamente o limite para apenas 15 mil.
O plano de Biden aumentaria para 125 mil.
ORIENTE MÉDIO
Biden deve nomear um antigo diplomata dos EUA para o Oriente Médio, Tim Lenderking, como seu enviado especial no Iêmen.
A mudança ocorre no momento em que Biden busca um fim diplomático para a campanha militar liderada pela Arábia Saudita, que agravou ainda mais a situação do país mais pobre da Península Arábica. Lenderking, um membro de carreira do serviço estrangeiro, serviu na Arábia Saudita, Kuwait e outros países no Oriente Médio.
A visita do Departamento de Estado acontece depois que Biden agiu na quarta-feira para estender o último tratado restante que limita os estoques russos e americanos de armas nucleares apenas dois dias antes do pacto expirar.