Da Redação – Elon Musk, o bilionário à frente da Tesla e da SpaceX, deve deixar seu cargo no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) do governo de Donald Trump no final de maio de 2025. Sua saída, longe de ser um sinal de crise ou desentendimento com o presidente, reflete o cumprimento de uma designação temporária planejada e os limites legais de seu papel como “funcionário especial do governo” (SGE). Apesar de especulações recentes sobre um suposto racha entre Musk e Trump, as evidências apontam para uma transição amigável, alinhada com os objetivos iniciais de ambos.
Como SGE, Musk está restrito a 130 dias de serviço por ano, conforme o Código de Regulamentações Federais dos EUA. Nomeado após a posse de Trump em 20 de janeiro de 2025, seu prazo expira no final de maio ou início de junho. Desde o início, Musk e Trump definiram sua missão no DOGE: cortar cerca de 1 trilhão de dólares em gastos federais. Em entrevista à Fox News, Musk afirmou que “a maior parte do trabalho” estaria concluída nesse período, enquanto Trump sugeriu que Musk “quer voltar para sua empresa”, indicando um plano claro de retorno ao setor privado. Até março de 2025, o DOGE reportou economias de 140 bilhões, um progresso significativo, ainda que aquém da meta total.
Rumores de desentendimento surgiram após relatos de tensões em uma reunião de gabinete em março, quando Musk pressionou secretários como Marco Rubio por cortes mais agressivos. O New York Times destacou o episódio, sugerindo atritos, mas Trump rapidamente interveio, afirmando em 7 de março que “não houve conflito” e elogiando ambos. Rubio também minimizou a questão, e Musk não deu sinais de insatisfação pública. Em 24 de março, Trump chamou Musk de “patriota” e “amigo”, reforçando a narrativa de cooperação. Esses desmentidos diretos contrastam com especulações amplificadas por manchetes sensacionalistas, que carecem de provas concretas como declarações explícitas de ruptura.
A saída de Musk também reflete prioridades pessoais e empresariais. A Tesla enfrentou uma queda nas ações em 2025, e a SpaceX exige sua atenção em projetos como o Starship. Além disso, suas medidas no DOGE — como cortes de empregos federais — geraram protestos e controvérsias, tornando-o um alvo político. Retornar ao setor privado alivia essa pressão e permite que ele retome o comando total de suas empresas, algo que Trump parece apoiar.
A relação entre Trump e Musk permanece sólida, com indícios de que Musk pode manter um papel consultivo informal após maio. A especulação de um desentendimento, portanto, não se sustenta diante dos fatos: sua saída é uma conclusão planejada, não uma crise. Enquanto a mídia pode continuar a girar narrativas, as palavras e ações de ambos mostram uma parceria que, por ora, resiste às tormentas da política. Musk deixa o governo não por briga, mas por missão cumprida — ou quase.