JSNEWS – Pelo menos 54 imigrantes da América Central morreram quando o caminhão que os transportava capotou em uma estrada em Chiapas, no sudeste do México, nesta quinta-feira 9. O veículo carregava cerca de 200 pessoas que tentavam chegar à fronteira dos Estados Unidos. Os feridos chegam a 105 (83 homens e 22 mulheres) e,
segundo a imprensa local, ao menos três pessoas se encontram em estado grave no hospital.
“Testemunhas disseram que o caminhão estava em excesso de velocidade e, quando fez uma curva acentuada, tombou, e o reboque no qual os migrantes estavam se soltou”, disse Luis Manuel García Moreno, secretário de Defesa Civil de Chiapas, ao canal de televisão local Milenio.
O Ministério Público mexicano disse que iniciou uma investigação para encontrar as causas do acidente que terminou com a morte de dezenas de pessoas.
Segundo a Defesa Civil, entre os feridos, há cidadãos de ao menos cinco países da América do Sul e Central – e 20 deles são menores de idade (de 3 a 17 anos).
Entre os migrantes feridos 95 são guatemaltecos, um hondurenho, um mexicano, um equatoriano, três dominicanos e quatro pessoas cuja nacionalidade não foi determinada, disse o comandante da Guarda Nacional, General Luis Rodríguez Bucio.
O presidente mexicano, Andrés Lopez Obrador, lamentou o acidente em uma mensagem em rede social: “Lamento profundamente a tragédia causada pelo capotamento de uma carreta em Chiapas, que transportava migrantes centro-americanos. É muito doloroso. Envio um abraço às famílias das vítimas”, escreveu.
Também o presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, se pronunciou. Segundo informações iniciais, alguns dos falecidos seriam daquele país.
“Lamento profundamente a tragédia no Estado de Chiapas e simpatizo com os familiares das vítimas, a quem oferecemos toda a assistência consular necessária, incluindo repatriações”, escreveu Giammattei.
O transporte de migrantes em caminhões é um dos métodos mais comuns usados por traficantes de pessoas para introduzir essas pessoas em território mexicano, com o objetivo de chegar à fronteira norte do país e tentar atravessar para os Estados Unidos, segundo a agência France Presse.
A tragédia ocorreu três dias depois da reativação por ordem judicial de um programa dos Estados Unidos que obriga os migrantes a esperar no México por uma resposta aos seus pedidos de asilo.