JSNEWS – A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) apresentou uma queixa contra a Patrulha de Fronteira dos EUA por, supostamente, entregar imigrantes indocumentados à polícia do Texas para serem presos por acusações de invasão de propriedade privada.
A queixa apresentada ao Departamento de Segurança Interna (DHS) acusa a Patrulha de Fronteira de “conspirar” com oficiais do Departamento de Segurança Pública do Texas (DPS) para que os imigrantes indocumentados detidos ao cruzar a fronteira sejam presos e acusados de invasão, como parte da operação “Lone Star”.
Em março de 2021, o governador do Texas, Greg Abbott, lançou a operação ordenando que os oficiais do DPS do Texas processassem por invasão de propriedade privada criminalmente os imigrantes indocumentados que foram detidos ao cruzar a fronteira.
Na denúncia, a ACLU diz que uma em cada quatro prisões durante a operação “Lone Star” em agosto de 2022 envolveu um acordo entre a Patrulha de Fronteira e o DPS.
E em pelo menos 35 casos os imigrantes que foram processados pelo DPS por invasão, a Patrulha de Fronteira teve o primeiro contato com esses imigrantes.
“(A Patrulha de Fronteira) em vez de processar indivíduos para fins de imigração, transferiu-os para o DPS para acusação como parte da operação Lone Star“, afirma a queixa.
A ACLU disse que a operação da Abbott foi criada com “o objetivo explícito e declarado de punir os imigrantes com base em seu status de imigração”.
A denúncia decorre de uma análise de relatórios policiais de mais de 350 prisões neste verão sob a Operação Lone Star.
A ACLU pediu ao DHS que investigue e interrompa o envolvimento da Patrulha de Fronteira na operação do Texas.
“Os agentes da Patrulha de Fronteira são fundamentais para o estado do Texas conduzir a operação anti-imigrante que comete abusos desenfreados dos direitos civis e tenta suplantar a política federal de imigração”, disseram os advogados da ACLU em sua queixa. “O DHS deve acabar com esse conluio entre as autoridades estaduais e locais e estabelecer uma política transparente e pública”, acrescentaram.