JCEDITORES – Apenas cinco meses antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, Joe Biden anunciou um plano para regularizar imigrantes sem documentos através de uma ordem executiva que protegerá os indocumentados quo são casados com cidadãos dos EUA.
A ordem executiva de Biden é considerada a medida migratória mais ambiciosa desde 2012 quando Obama criou o DACA e não causa surpresa devido a seu alinhamento politico, que em tese deveria ser favorável a agenda liberal no que se refere a imigração, entretanto a surpresa esta no momento em que ela foi emitida. A ordem executiva parece estar atrasada em mais de uma década e durante esse tempo milhares de famílias foram separadas ou tiveram que conviver com essa ameaça.
É surpreendente que Biden tenha escolhido esse momento para promover a agenda migratória uma vez que os projetos mais importantes geralmente não são deixados para o fim de mandato. Nesse sentido, Biden esperou três anos e meio durante o qual mostrou e tem mostrado um discurso caótico sobre a imigração e a proteção das fronteiras, e agora já na reta final ele toma medidas que ara ele não tem nenhum custo politico e que poderia ter tomado anteriormente, mas que nesse momento tem um componente estratégico e importante para sua reeleição.
As eleições estão se aproximando e diversas pesquisas mostram uma vantagem pequena, porem permanente, a favor de Donald Trump. Ambos os candidatos estão praticamente empatados, nesse cenário todo voto será decisivo para a obtenção de um segundo mandato para ambos, o republicano governou entre 2016 e 2020 e o democrata entre 2020 e 2024.
Ao longo destes últimos quatro anos, Biden recebeu muitas críticas por não diferenciar seu governo daquele em que Donald Trump estrelou. A inflação é persistente, as politicas migratórias são as mesmas, o apoio ia um Israel que, de acordo com organizações de direitos humano, poderia estar cometendo um genocídio em Gaza.
Tanto nas redes sociais quanto nas manifestações públicas, alguns de seus eleitores se mostram confusos e dizem que não conseguem diferenciar a agenda Trump da de Biden, além disso, nenhum desses dois candidatos são capazes de despertar entusiasmo entre um eleitorado que em 2020 votaram em Biden simplesmente para evitar o um ‘suposto extremismo’ de Trump. É por isso que agora muitos eleitores americanos estão decepcionados e a abstenção nessas eleições devera ser muito elevada.
Mas a grande vantagem que um presidente tem no cargo é que pode governar até o último dia. E isso inclui a aprovação de medidas de última hora que têm a capacidade de mudar algumas coisas pontuais. Tem um proverbio popular que diz: “o diabo está nos detalhes”.
Mas mesmo que seja tarde, o líder democrata tenta se diferenciar de seu rival mesmo que seja nos detalhes, Biden esta apenas dizendo aos eleitores que ele é diferente de Trump e que votar nele não é o mesmo que votar no Republicano.