JSNEWS – A administração do presidente Donald J. Trump alcançou um marco histórico em deportações, registrando uma média de 1.435 imigrantes indocumentados deportados por dia nas últimas duas semanas, conforme dados recentes divulgados pela porta voz da Casa Branca, Karoline Leavitt na ultima sexta-feira, 15. Essa cifra representa um recorde na história recente das deportações nos Estados Unidos, segundo relatórios do Departamento de Segurança Nacional (DHS) citados pelo jornal The Washington Times.
Atualmente, o Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE) mantém mais de 59 mil pessoas sob custódia, com uma média de 930 detenções diárias de imigrantes. Esse aumento foi impulsionado pela Lei Big Beautiful Bill, que destinou bilhões de dólares às operações migratórias, ampliando significativamente a capacidade de detenção.
Com esse ritmo, projeta-se que as deportações anuais superem a marca de meio milhão, superando o recorde estabelecido em 2012, durante a administração de Barack Obama.
Deportações indevidas e crise nas condições de detenção.
ICE now deporting more than 1,400 illegal immigrants a dayhttps://t.co/jYHv4wg3VS
— Karoline Leavitt (@PressSec) August 15, 2025
Organizações de defesa dos direitos dos imigrantes têm expressado preocupação com o que consideram um sistema migratório sobrecarregado. Há relatos de deportações equivocadas e deterioração das condições nos centros de detenção. O American Immigration Council, uma das entidades mais atuantes na denúncia dessa situação, destaca que o financiamento de 45 bilhões de dólares resultou em um número recorde de pessoas detidas por motivos migratórios, algo inédito na história dos EUA.Diante da pressão causada pelo elevado número de detenções, um juiz federal determinou melhorias em um centro de detenção em Nova York, onde foi relatado que migrantes eram obrigados a dormir no chão.
Redução de detenções na fronteira
A estratégia da administração Trump tem priorizado a redução de detenções na fronteira com o México, permitindo que o ICE concentre esforços em operações internas no país. Em junho, com o envio de agentes do ICE a Los Angeles, as detenções diárias atingiram um pico de quase 1.200 imigrantes. Em julho, esse número caiu para cerca de 850, antes de voltar a subir para mais de 900 entre 26 de julho e 9 de agosto.
Segundo dados de 9 de agosto, 36% dos migrantes detidos possuíam condenações criminais, 31% enfrentavam acusações pendentes e 33% tinham apenas infrações migratórias. Esses números contrastam com o cenário ao final da administração Biden, quando mais de 60% dos detidos tinham antecedentes criminais e menos de 8% apresentavam apenas infrações migratórias.


