Da Redação – As principais companhias aéreas dos Estados Unidos – American Airlines, Delta Airlines e a United Airlines – emitiram comunicados na manhã desta sexta-feira (19), informando que problemas técnicos afetaram suas operações.
“Estamos cientes de um problema tecnológico com um fornecedor que está afetando diversas operadoras. A American está trabalhando com o fornecedor para resolver o problema o mais rápido possível. Pedimos desculpas aos nossos clientes pelo transtorno”, informou a American Airlines no X (antigo Twitter).
Empresas menores do setor aéreo, como a Frontier Airlines, Allegiant e SunCountry, também declararam que tiveram o serviço impactado e estavam no processo para retomar os serviços. Os comunicados foram emitidos após um apagão cibernético afetar todo o mundo.
A Frontier disse que uma “grande interrupção técnica da Microsoft” afetou suas operações temporariamente, enquanto a SunCountry afirmou que um fornecedor terceirizado afetou suas instalações de reserva e check-in.
No X, passageiros publicaram vídeos nas últimas horas relatando os problemas. “Preso na pista do LAX [Aeroporto Internacional de Los Angeles] porque não conseguimos preencher um cartão de embarque, devido a interrupções no sistema de TI GLOBALMENTE com TODAS as companhias aéreas e, aparentemente, um monte de outras coisas“, escreveu um deles.
Secretário de Transportes dos EUA, Pete Buttigieg, declarou que o departamento estava monitorando os problemas de cancelamento e atraso de voos, acrescentando que a agência responsabilizará as empresas “por suas obrigações de atender às necessidades dos passageiros”.
Os aeroportos de Berlim, na Alemanha, Amesterdã-Schiphol, nos Países Baixos, Hong Kong, Espanha e Suíça também foram afetados por problemas similares.
No aeroporto de Sydney, Australia, foram registradas extensas filas. As companhias aéreas Air France, KLM (dos Países Baixos) e Ryanair (da Irlanda) enfrentaram contratempos em suas operações, assim como as três companhias aéreas indianas IndiGo, SpiceJet e Akasa Air.
O apagão cibernético também afetou hospitais nos Países Baixos, a Bolsa de Valores de Londres e o sistema ferroviário britânico, além da programação do canal britânico Sky News, no qual foi interrompida, e também o canal nacional ABC, na Austrália foram afetados por uma falha “grave”.
A companhia de telecomunicações australiana Telstra, afirmou que os cortes foram causados por “questões globais” que impactaram o software fornecido pela Microsoft e pela empresa de segurança cibernética CrowdStrike.
Nas redes sociais, a empresa americana Microsoft assegurou que estava adotando “medidas” a fim de amenizar a situação após os problemas detectados. “Os nossos serviços continuam observando melhorias contínuas enquanto seguimos adotando medidas de mitigação”, escreveu a empresa.
Ainda não está claro se os problemas mencionados pela Microsoft têm relação com as falhas de TI a nível global.
De acordo com a autoridade nacional de segurança cibernética da Austrália, o “apagão em larga escala” estava relacionado com uma “plataforma de software de terceiros” e que não existem evidências que sugiram uma conexão do apagão com um ataque hacker.
A Agência Governamental de Aviação (FAA, na sigla em inglês) não respondeu ao pedido de comentário da Reuters.
*Com informações da AFP – REUTERS