AFP – Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira a visita a Taiwan de seu secretário de Saúde, uma afronta à China, que considera a ilha como uma de suas províncias e tem como objetivo a reunificação.
Nenhuma autoridade americana desse nível viajou para Taipé desde que Washington estabeleceu relações diplomáticas com o regime comunista em 1979. Pequim acusa o governo Trump de “colocar em risco a paz” no Estreito de Taiwan.
Washington ordenou em 21 de julho o fechamento do consulado chinês em Houston, sob a acusação de que era o “centro” de uma “rede de espionagem”.
Pequim respondeu três dias depois, fechando o consulado americano em Chengdu, uma vez que seus funcionários “colocaram em risco a segurança e os interesses chineses”, segundo as autoridades chinesas.
Em março, Donald Trump provocou o descontentamento de Pequim ao falar de “vírus chinês” para se referir ao novo coronavírus.
Do lado chinês, um porta-voz do ministério das Relações Exteriores ecoou a teoria de que militares americanos teriam trazido o vírus para a China.
Em maio, Pequim falou em “erros e lacunas” na gestão da epidemia nos Estados Unidos. Donald Trump respondeu que foi “a incompetência da China e nada mais que causou esse massacre mundial”.
Trump acusa as autoridades chinesas de ocultar a extensão da epidemia, que surgiu no final de 2019 em Wuhan.
Em maio, o FBI acusou hackers, pesquisadores e estudantes de roubar informações de institutos americanos para a China. A China negou as acusações.
Dois chineses foram processados em 21 de julho nos Estados Unidos, acusados de realizar ataques informáticos, por exemplo, contra empresas envolvidas na busca por uma vacina contra o coronavírus.