AFP – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu neste domingo aos americanos para “baixarem a temperatura”, após a tentativa de assassinato do seu adversário Donald Trump. Ele também ressaltou que a política não é “um campo de morte”.
“Quero falar com vocês nesta noite sobre a necessidade de baixarmos a temperatura em nossa política”, disse Biden em um novo discurso à nação no Salão Oval da Casa Branca, na noite deste domingo (14/07).
Para ele, as eleições presidenciais nos Estados Unidos terão “um período de teste” após a tentativa de assassinato.
“Enfrentamos, agora, um período de teste, com a aproximação das eleições. Quanto mais há em jogo, mais fervorosas se tornam as paixões. Não importa o quão fortes sejam, nossa convicções nunca devem cair na violência. É hora de nos acalmarmos”, pediu o democrata.
Primeiro discurso
Mais cedo, o presidente já havia feito um pronunciamento sobre o atentado em que afirmou que os investigadores do FBI terão todos os recursos necessários do governo norte-americano para apurar as motivações do crime.
Ele ainda informou que ordenou à Segurança Nacional uma revisão de todos os fatos ocorridos para saber que os americanos saibam exatamente o que ocorreu.
“Não há lugar na América para esse tipo de violência ou nenhum outro tipo de violência. Uma tentativa de assassinato vai contra tudo o que defendemos como nação, tudo”, disse Joe Biden no primeiro discurso.
O presidente dos Estados Unidos pediu cautela em relação às informações que estão sendo divulgadas sobre o episódio. Nas redes sociais, muitas pessoas estão culpando o Partido Democrata pelo incidente. Por isso, Biden enfatizou a importância de não tirar “conclusões precipitadas” e de deixar as forças de segurança apurarem o caso.
Ataque a Trump
Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, tentou assassinar o ex-presidente Donald Trump durante seu comício de sábado (13/07) na Pensilvânia.
Crooks foi morto a tiros por agentes do Serviço Secreto ainda no sábado, em Butler, na Pensilvânia, após abrir fogo com fuzil AR-15 contra o comício de Trump.
O pai do atirador, Matthew Crooks, disse à CNN que estava tentando “entender o que aconteceu” e que não falaria até entrar em contato com as forças de segurança. Seu filho era registrado como eleitor republicano, segundo a mídia. Crooks estava em cima de um telhado fora do local onde ocorria o ato político. Ele vestia roupas no estilo militar.