JSNEWS – Um trágico ataque a tiros ocorrido na segunda-feira, 28 de julho de 2025, por volta das 18h30 (horário local), no edifício comercial localizado na 345 Park Avenue, em Midtown Manhattan, deixou quatro mortos e um ferido grave. O atirador, identificado como Shane Devon Tamura, de 27 anos, residente de Las Vegas, Nevada, abriu fogo no saguão do prédio, que abriga os escritórios da NFL, Blackstone, KPMG e Rudin Management, antes de subir ao 33º andar, onde matou outra vítima e se suicidou com um tiro no peito. Tamura usava um colete à prova de balas e portava um fuzil M4 (ou AR-15, conforme algumas fontes).
Entre as vítimas, está o policial Didarul Islam, de 36 anos, imigrante de Bangladesh e pai de dois filhos, com um terceiro a caminho. Islam, que trabalhava como segurança no prédio, foi baleado nas costas no saguão e morreu após cirurgia. Outras vítimas incluem um executivo da Blackstone, baleado no saguão, e uma mulher não identificada, morta no 33º andar, nos escritórios da Rudin Management. Um funcionário da NFL foi gravemente ferido e está em condição estável. A quarta vítima, um homem, não teve a identidade revelada.Quatro outras pessoas sofreram ferimentos leves ao fugir do local.
O Ataque e Possível Motivação
Tamura chegou a Nova York após uma viagem de carro de Las Vegas, passando por Colorado, Nebraska, Iowa e Nova Jersey, em menos de dois dias. Ele estacionou seu BMW em fila dupla na Park Avenue, entrou no prédio com o fuzil à vista e começou a atirar imediatamente. Imagens de câmeras de segurança mostram que ele poupou uma mulher em um elevador antes de continuar o ataque. No veículo, a polícia encontrou munição, um revólver carregado, uma maleta de fuzil e medicamentos prescritos em seu nome, sugerindo tratamento para condições de saúde mental.
Tamura, que foi um destacado jogador de futebol americano no ensino médio em Golden Valley e Granada Hills, na Califórnia, deixou uma nota de suicídio que aponta para um possível motivo. A nota dizia: “Terry Long football gave me CTE and it caused me to drink a gallon of antifreeze. You can’t go against the NFL, they’ll squash you.” (“O futebol de Terry Long me deu CTE e isso me levou a beber um galão de anticongelante. Você não pode ir contra a NFL, eles vão te esmagar.”)
Ele também pediu que seu cérebro fosse estudado, sugerindo que acreditava sofrer de encefalopatia traumática crônica (CTE), uma doença cerebral associada a traumatismos repetidos, comum em ex-jogadores de futebol americano. A nota menciona Terry Long, ex-jogador da NFL que se suicidou em 2005 após ser diagnosticado com CTE.
Apesar de sua crítica à NFL, Tamura não entrou nos escritórios da liga, localizados entre o 5º e 8º andares, mas a polícia investiga se o ataque foi direcionado à organização. Tamura tinha um histórico documentado de problemas de saúde mental, conforme relatado pela polícia de Las Vegas, mas detalhes sobre seu diagnóstico ou tratamento não foram divulgados.
Falhas no Monitoramento de Saúde Mental
O caso de Tamura levanta questões sobre o monitoramento de indivíduos com problemas de saúde mental e acesso a armas. Apesar de seu histórico, ele obteve legalmente uma licença de porte de arma em Nevada, válida até 2027, e adquiriu o fuzil usado no ataque. Esse incidente ecoa outros casos recentes de violência, como o ataque no Walmart em Wisconsin, no sábado, 26 de julho de 2025, onde um esfaqueador, também com histórico de problemas mentais, atacou clientes aleatoriamente.
Embora detalhes sobre o caso de Wisconsin sejam limitados, a semelhança com o ataque de Tamura destaca falhas sistêmicas na identificação e monitoramento de indivíduos com potencial para comportamentos violentos, especialmente aqueles com traços de psicopatia ou instabilidade mental.
Nos EUA, a facilidade de acesso a armas de fogo, combinada com lacunas no acompanhamento psicológico, continua a permitir tragédias como essas. Outro exemplo recente é o ataque em um shopping em Ohio, em junho de 2025, onde um atirador com histórico psiquiátrico matou três pessoas antes de ser abatido.
Esses casos reforçam a necessidade de políticas mais rigorosas para rastrear e tratar indivíduos com transtornos mentais graves, além de controles mais estritos sobre armas.
A NYPD e o FBI estão analisando aa redes sociais Tamura a fim de esclarecer a motivação do ataque. Não há evidências de cúmplices, mas a polícia investiga se ele recebeu ajuda para planejar o ataque. O caso chocou Nova York, uma cidade onde tiroteios em escritórios são raros, e aumentou a pressão por revisões nas medidas de segurança em prédios corporativos.