Por – Eliana Pereira Ignacio*
Olá meus caros leitores, hoje venho falar da importância em conhecer a si mesmo para então poder e querer conhecer o outro. Hoje vamos falar de autopercepção uma autovisão de fora para dentro ou seria de dentro para fora? Autopercepção, etimologicamente a palavra vem do grego autós e “próprio” + percepção. Uma teoria da percepção pode ser explicada através do conceito de inter-relação entre comportamentos.
Ou seja, um comportamento está ligado a muitos outros. E, objetivamente, é uma percepção que a pessoa tem de si mesma, dos seus erros, das suas qualidades, é como a pessoa vem a compreender as suas próprias atitudes e suas crenças com base em seu comportamento. Onde a pessoa se analisa da mesma forma que uma pessoa olhando de fora faria.
Autopercepção trata-se apenas de inferência. Para ilustrar essa ideia, pense sobre como você atribui valores à realidade que o cerca. De acordo com ela, perceber os próprios comportamentos, próprias emoções é o começo da mudança. Isso se dá porque quando se percebe isso e entende as consequências de cada ato, realmente percebe-se a nós mesmos.
Por essa razão, trabalhar a autopercepção é um ato fundamental para qualquer situação, é uma terapia. Não importa se essa terapia tem como foco o comportamento, as emoções ou os pensamentos. É possível a¬rmar que o conceito de autopercepção é fundamental para se conhecer. Além disso, esse conhecimento não é perverso, mas um conhecimento que pode ajudar a melhorar.
Pode-se a¬rmar que existem benefícios na autopercepção, primeiramente, através da autopercepção é possível entender o que precisa ser mudado e conseguir novos comportamentos ou fazer ajustes nos atuais. A autopercepção é algo muito complexo. Isso porque se trata de um processo. E é só através desse processo que se pode ir montando as pecinhas as quais poderão formar um modelo maior.
Esse modelo que irá informar como nos comportamos, porém com dados colhidos de maneira mais assertiva.
A nau é uma pesquisa real e de perto, porque convenhamos, não há ninguém que posso ter mais acesso a nós do que nós mesmos. Quanto mais nós exercitamos a autopercepção mais equilibrado nos tornaremos. E esse equilíbrio será em todas as áreas de nossas vidas.
A autopercepção por ser um processo, demanda de alguns exercícios os quais irão ajudar para que nós conhecermos melhor. Além disso, não tem como de um dia para o outro aplicarmos exercícios de autopercepção pesados. Precisa ser gradual e contínuo, gostaria de citar em primeiro lugar a terapia do espelho, um exercício o qual busca promover sentimentos positivos em relação a vida do indivíduo.
Ela age como um alívio, pois você busca compreender e aceitar seu presente e passado e como isso está intrínseco a você. Para realizá-la você precisa se colocar em um lugar calmo e ter um espelho. Se olhe e use do silêncio para se analisar. Busque analisar suas qualidades e como você é uma boa pessoa e questione sobre os aspectos da sua vida e reflita sobre como está e como gostaria que estivesse. Depois se pergunte como você pode chegar lá. É importante ser sincero e justo com você. Não é um momento de sofrimento, mas de busca. Em segundo lugar quero apresentar a Janela de Johari, é uma matriz que busca contrastar nossa percepção e a percepção dos outros.
Nessa matriz você divide uma folha em 4 partes. Na área aberta você precisa colocar tudo que você é, incluindo habilidades e sentimentos e que você mostra aos outros. Na área cega está tudo aquilo que você não enxerga sobre si, mas os outros enxergam. Na área potencial estará o que você acha que pode manifestar, mas que ainda não consegue. Já na área oculta estão as qualidades que você tem e reconhece, mas não mostra aos outros.
Nós cruzaremos as informações e buscaremos aumentar a área aberta. Essa área aberta é considerada uma transparência e o quanto mais transparente somos, mais seremos nós mesmos. E em terceiro lugar quero deixar o exercício de se questionar, é impossível exercitar a autopercepção sem se questionar. Faça uma lista com perguntas que você acha pertinente, por exemplo, “Quais são meus objetivos de vida?” “Como posso alcançar meus objetivos?” “Quais as minhas qualidades?”, assim por diante. E seja sincero. Em suma a autopercepção não é só analisar e compreender comportamentos, é mudar o que percebeu que não está bem. Não é fácil, mas vale a pena. Crescer dói, mas é preciso.
Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ¬ caiam para trás e avançando para as que estão adiante, Filipenses 3:13 Até a próxima semana!!!
*Eliana Pereira Ignacio é Psicóloga, formada pela PUC – Pontifícia Universidade Católica – com ênfase em Intervenções Psicossociais e Psicoterapêuticas no Campo da Saúde e na Área Jurídica; especializada em
Dependência Química pela UNIFESP Escola Paulista de Medicina em São Paulo. Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas, entre outras qualificações. Mora em Massachusetts e dá aula na Dardah University. Para interagir com Eliana envie um e-mail para epignacio_vo@hotmail.com ou info@jsnewsusa.com