Por: Eliana Pereira Ignacio – Olá, meus, caros leitores, dando seguimento a ideia de julgamento e como isso influem na vida humana, hoje venho ressaltar a importância de descobrir e validar sua autoridade externa. No mundo moderno, somos constantemente bombardeados com conceitos como credenciamento, certificação, autorização e validação. Essas palavras carregam consigo a ideia de que a aprovação e o reconhecimento vêm de fontes externas, sejam elas instituições, padrões sociais ou autoridades reconhecidas. No entanto, a verdadeira essência da autoridade não reside nessas aprovações externas, mas sim na capacidade de cada indivíduo de acreditar em si mesmo e em suas próprias habilidades.
O credenciamento, por exemplo, é frequentemente associado à obtenção de um status ou reconhecimento oficial de competência em determinada área. A certificação segue uma lógica semelhante, onde a validação de habilidades e conhecimentos é concedida por entidades específicas. Já a autorização e validação são processos pelos quais alguém é concedido o direito ou a confirmação de algo por parte de uma autoridade externa. Esses conceitos, embora tenham seu valor e importância em diversos contextos, também podem gerar uma dependência excessiva da validação externa para a própria autoestima e senso de valor pessoal.
Muitas vezes, as pessoas buscam incessantemente por essas aprovações externas como uma forma de validação de seu próprio valor e competência. No entanto, essa busca incessante pode levar à frustração e à sensação de inadequação, pois a verdadeira autoridade não vem de fora, mas de dentro de cada um. A autoridade interna é a capacidade de confiar em si mesmo, de conhecer suas habilidades e limitações, de buscar constantemente o autoconhecimento e aprimoramento pessoal.
É entender que, mesmo sem os títulos e reconhecimentos externos, cada indivíduo possui um valor intrínseco e uma capacidade única de contribuir para o mundo. Isso não significa adotar uma postura de onipotência ou arrogância, mas sim de autoconhecimento e humildade. É saber reconhecer suas próprias falhas e limitações, mas também reconhecer suas virtudes e potencialidades. É entender que a verdadeira autoridade não está em ser perfeito ou infalível, mas em ser autêntico e verdadeiro consigo mesmo. Quando uma pessoa passa a acreditar em sua autoridade interna, a necessidade de validação externa torna-se menos crucial.
Ela pode confiar em suas decisões, assumir responsabilidades por suas escolhas e enfrentar desafios com coragem e determinação. A busca pelo conhecimento e pela melhoria contínua não é motivada pelo desejo de aprovação externa, mas sim pela busca constante de excelência pessoal. Na visão de crença é possível afirmar que a influência da fé em Deus pode ter um impacto significativo no processo de autoconhecimento de uma pessoa. Para muitos indivíduos, a crença em um poder superior proporciona uma sensação de apoio, propósito e significado na vida. A fé pode servir como uma fonte de orientação e força interior, ajudando a pessoa a enfrentar desafios, superar adversidades e encontrar sentido em suas experiências.
Além disso, a fé em Deus muitas vezes está associada a valores como compaixão, perdão e gratidão, que são fundamentais para o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis e uma visão positiva de si mesmo e dos outros. Portanto, para aqueles que têm fé, essa conexão espiritual pode ser uma ferramenta poderosa no caminho do autoconhecimento e do crescimento pessoal.
Na visão da psicologia o autoconhecimento, à crença em si mesmo e ao conhecimento de seus valores e limites desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e no bem-estar do ser humano.
Parafraseando Segundo Carl Rogers, renomado psicólogo humanista, “A curiosidade é uma característica inerente ao ser humano, e através dela podemos explorar nossas emoções, pensamentos e experiências para compreendermos melhor nossa essência.”
Portando ao cultivar essa consciência de si mesmo, torna-se possível identificar e fortalecer nossos valores, estabelecer limites saudáveis e tomar decisões alinhadas com nossos objetivos e necessidades. Esse processo não apenas aumenta a autoconfiança e a resiliência emocional, mas também promove relacionamentos mais autênticos e satisfatórios, contribuindo para uma vida mais plena e significativa.
Portanto, ao invés de se prender exclusivamente às aprovações externas e aos padrões impostos pela sociedade, é fundamental cultivar a autoridade interna. Isso não apenas fortalece a confiança e a autoestima individual, mas também contribui para um mundo onde cada indivíduo é capaz de reconhecer e valorizar seu próprio potencial, independentemente das validações externas. Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável.
Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção.
Salmos 139:14.
Eliana Pereira Ignacio é Psicóloga, formada pela PUC – Pontifícia Universidade Católica – com ênfase em Intervenções Psicossociais e Psicoterapêuticas no Campo da Saúde e na Área Jurídica; especializada em Dependência Química pela UNIFESP Escola Paulista de Medicina em São Paulo Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas, entre outras qualificações. Mora em Massachusetts e dá aula na Dardah University. Para interagir com Eliana envie um e-mail para epignacio_vo@hotmail.com ou info@jsnews.com