JSNEWS – O Presidente norte-americano, Joe Biden, declarou nessa quinta-feira que o Governo federal assumirá a despesa que o Estado da Florida e o condado de Miami-Dade fizeram para atender à situação criada pelo desabamento de um edifício de apartamentos em Surfside. “Quero assumir 100% dos custos nos primeiros 30 dias”, disse Biden numa reunião com autoridades e chefes das operações de busca e resgate, realizada num hotel de Bal Harbour, cidade vizinha de Surfside, no sudeste da Florida, o complexo foi construído há 40 anos e contava com 136 apartamentos. O bloco com vista para o mar desabou por motivos que ainda estão sendo investigados.
Biden chegou hoje a Miami acompanhado da mulher, Jill, para se encontrar também com sobreviventes e familiares das, até agora, 18 pessoas mortas e 145 desaparecidas na tragédia.
Precisamente neste dia em que Biden visita o local, foi necessário suspender pela primeira vez os trabalhos na montanha de escombros, porque a parte do edifício que continua em pé começou a mover-se, o que representa um grande risco para os socorristas.
Os Biden iniciaram a sua agenda de hoje com uma reunião com os senadores republicanos Marco Rubio e Rick Scott, o governador da Florida, Ron DeSantis, e a vice-governadora, Jeanette Nuñez, a congressista Debbie Wasserman Schultz e a presidente da câmara de Miami-Dade, Daniella Levine Cava, além dos dirigentes das numerosas instituições que participam nas operações de resgate.
Em seguida, o Presidente encontrou-se com alguns dos elementos das equipas de resgate, a quem disse “Obrigado, obrigado, obrigado. O que estão a fazer aqui é incrível” e pediu “Tenham cuidado”.
Entre os mortos estão duas crianças, de quatro e dez anos, após o desabamento de 55 apartamentos. Pelo menos 29 latino-americanos, da Argentina, Colômbia, Paraguai, Venezuela, Uruguai e Chile, estão entre os desaparecidos. Na lista de falecidos figuram um venezuelano e uma uruguaia-venezuelana.
O chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, disse no Twitter que aguarda “a resposta do pedido oficial de informação” às autoridades americanas, “mas fontes públicas adiantaram dados lamentáveis sobre cubanos mortos ou desaparecidos”.
Em outra guinada política após a catástrofe, o ex-presidente Donald Trump estava planejando um comício em Sarasota, Flórida, no sábado.