Da Redação – Enquanto milhares de migrantes caminham pelo território mexicano em direção à fronteira dos Estados Unidos, o presidente americano, Joe Biden, viajou nesta quarta-feira (27) para o Caribe, onde vai passar o Ano-Novo.
O democrata embarcou no Air Force One por volta das 9h30 (11h30 em Brasília), acompanhado da primeira-dama, Jill Biden. O destino é Saint Croix, nas Ilhas Virgens Americanas.
Joe e Jill ficarão em uma residência luxuosa que o casal de bilionários Bill e Connie Neville possui na ilha — eles já passaram o último Réveillon no mesmo local. Os quatro são amigos há vários anos, e os anfitriões são doadores de campanha históricos dos republicanos.
A mansão, de frente para o mar, possui piscina e três quartos. A segurança da ilha será reforçada durante toda a estadia do casal, que deve retornar a Washington após o feriado.
Com Biden de folga, o secretário de estado, Antony Blinken, e o chefe da Segurança Interna dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, visitarão o México nesta quarta-feira (27) para se encontrar com o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, com quem vão discutir “a migração irregular sem precedentes no hemisfério ocidental e identificar maneiras de como o México e os Estados Unidos abordarão os desafios de segurança na fronteira”, segundo o Departamento de Estado.
Intitulada de “êxodo da pobreza” pelos próprios organizadores, a caravana já reuniu cerca de 7.000 pessoas, mas, agora, a Agência das Nações Unidas para Refugiados estima que sejam em torno de 3.000 — oriundos de países da América do Sul e Central, bem como de países pobres do Caribe.
Os integrantes desse grupo seguem em direção aos Estados Unidos em busca de asilo, algo que poucos conseguirão. A maioria sofre da violência de gangues do narcotráfico e da falta de oportunidades.
Na terça-feira (26), migrantes e requerentes de asilo, muitos deles levando crianças pequenas, caminhavam pela autoestrada perto da cidade de Villa Comaltitlán, no sul do México. Alguns seguravam uma faixa com os dizeres “Êxodo da pobreza”.
Rosa, de El Salvador e uma das participantes da marcha, disse esperar que as autoridades aliviem o sofrimento dos migrantes.
“Estamos procurando algo melhor para nossos filhos e nossas famílias”, disse ela enquanto caminhava. “Espero que isso toque seus corações”, acrescentou.