O Ministério da Saúde informou na quinta-feira, 27, que o Brasil monitora 132 casos suspeitos de infecção pelo coronavírus. Até agora, um caso da doença foi confirmado em São Paulo. A quantidade de suspeitas deve continuar crescendo, segundo a pasta, em razão do aumento da “sensibilidade de vigilância” com a inclusão de 15 países no monitoramento.
Conforme o secretário executivo do ministério, João Gabbardo dos Reis, “dá para avaliar que estamos próximos de 300 casos suspeitos de coronavírus”. Os casos suspeitos estão em Alagoas, Bahia, Pernambuco e Espírito Santo (um em cada Estado); 2 no Mato Grosso do Sul; 3 em Pernambuco e Goiás; 4 no Rio Grande do Norte; 5 no Ceará, Minas Gerais, Paraná e no Distrito Federal; 8 em Santa Catarina; 9 no Rio de Janeiro; 24 no Rio Grande do Sul e 55 em São Paulo.
Os critérios para definir um caso suspeito de coronavírus, disse o ministério, passaram a enquadrar as pessoas que apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar e tiveram passagem pela Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Japão, Cingapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja, além da China, nos últimos 14 dias.
De acordo com Gabbardo, há mais 213 notificações analisadas, o que pode elevar o número. Sobre esse passivo, ele comentou que isso ocorreu porque a equipe de análise estava apta para uma demanda que era, até então, de poucos casos por dia.
Mas só na terça chegaram ao ministério cerca de 300 notificações encaminhadas pelas secretarias de saúde. O grupo deve ser ampliado para atender as notificações. Três pessoas listadas como suspeitas não viajaram para esses países, mas tiveram contato com o paciente de São Paulo já confirmado para o coronavírus. Para ele, além do aumento de países-alvo, o fato de ter havido a primeira confirmação na segunda-feira, pode ter levado a um aumento da procura.