Da redação – Desde outubro de 2021, pelo menos 206 pessoas morreram em decorrência das chuvas no País. Ao menos cinco Estados – São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo – registraram mortes no período sazonal das chuvas. O levantamento considera os dados da Defesa Civil dos Estados e do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres do Governo Federal. As informações são do “Estadão“.
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM), utilizando os mesmos dados do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, mostrou o efeito devastador da chuva nos últimos seis anos. Foram 637 mortes por desastres decorrentes das chuvas.
O estudo também analisou os óbitos por causas dos desastres decorrentes das chuvas. Entre 2021 e 2022, foram 67 mortes, um dos maiores índices da série histórica e superior aos 51 óbitos do período anterior. O recorte com maior número de mortes do estudo foi 2018/2019 com 327, que inclui as 264 vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho (MG).
A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil em São Paulo, confirmou 48 óbitos em desastres decorrentes das chuvas desde 1.° de dezembro de 2021. São mil desabrigados e quase 10 mil desalojados. Segundo informações da prefeitura da capital, foram mapeadas 494 áreas de risco de escorregamento de encosta e solapamento de margem de córrego na cidade de São Paulo.
Já no Rio, ao menos 104 pessoas morreram, entre elas oito crianças, em Petrópolis, na Região Serrana, após deslizamentos e alagamentos causados pelas fortes chuvas que atingiram a cidade na última terça-feira (15).
Na Bahia, depois de fortes chuvas terem deixado um rastro de destruição no sul do estado em dezembro, com rios transbordando por cima das pontes, cidades alagadas até o telhado de suas casas e carros flutuando pelas ruas, o estado voltou a registrar altos índices pluviométricos nas últimas semanas.
Mais um óbito foi confirmado no estado, na terça-feira (15), pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec) confirmou o óbito de um pescador de 69 anos em Jucuruçu. Já foram 27 mortes confirmadas.
“Nunca vivemos uma situação como essa na Bahia. Mesmo que as chuvas tenham diminuído de intensidade, ainda é um momento de alerta e trabalhar pelo amparo à população que foi duramente atingida”, afirma o coronel Carlos Miguel de Almeida Filho, diretor da Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec).
Desde o dia 1º de outubro, quando reconheceu oficialmente a temporada das chuvas em Minas Gerais, a Defesa Civil do estado registrou 26 mortes espalhadas por 19 municípios em várias regiões mineiras.
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, lembra que as tragédias deixam o desafio da reconstrução para as cidades. “As prefeituras sentem os prejuízos após o período das chuvas, quando precisam reconstruir o que perderam. Há cidades que demoram uma década para se reestruturar”, pondera.
Ainda de acordo com o levantamento da CNM, os prejuízos econômicos nos setores de agricultura, pecuária e indústria chegam a R$ 51,3 bilhões nos últimos seis anos. Só nos últimos três meses, o estado de Minas Gerais, um dos mais prejudicados pelas chuvas, teve prejuízos de R$ 6,1 bilhões. Hoje, 422 cidades estão em situação de emergência, conforme a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec).
Com informações Yahoo News