Da Redação – A brasileira Walquiria Cassini, de 38 anos, foi presa no Sul da Flórida, nos Estados Unidos, ‘suspeita de abusar sexualmente de crianças e transmitir os atos hediondos pela internet em troca de dinheiro’. Natural de Governador Valadares (MG), a mulher é acusada de cometer os crimes junto do namorado e do filho. Os três foram capturados na última terça-feira (5), após quatro meses de investigação do FBI, serviço de inteligência norte-americano.
Walquiria era técnica de ultrassonografia e, segundo as próprias redes sociais, atuava em casos de disfunção erétil. Os perfis também apontam algumas das preferências pessoais da brasileira. No Instagram, ela usa como frase de exibição um trecho de canção de Taylor Swift: “Darling, I’m a nightmare, dressed like a daydream” (“Querido, eu sou um pesadelo, vestido como um sonho acordado”, em tradução livre).
No Facebook, onde também é muito ativa, Walquiria compartilha registros em viagens e festas com amigos, a maior parte nos Estados Unidos. Em março de 2015, ela mostrou aos seguidores a “new tatoo” (nova tatuagem): o desenho trazia a frase “Proverbs – 4:23”, acompanhado de uma cruz. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida“, diz o provérbio em questão.
Conforme divulgado pelo jornal Daily Mail, no momento em que foi presa, a brasileira trabalhava na Boston Scientific, uma empresa de dispositivos médicos com sede em Massachusetts. Ela era associada sênior de vendas de campo e ocupava o cargo desde agosto de 2022.
Walquiria estava morando na cidade de Boca Raton, na Flórida. De acordo com a emissora WPBF, afiliada da ABC de West Palm Beach, ela e o namorado Ryan Londono, de 42 anos, são acusados de abuso e exploração sexual infantil. O casal é suspeito de abusar sexualmente de duas crianças, ambas com menos de 10 anos.
As violências teriam começado quando a mais nova tinha apenas 5 anos. Ryan era responsável por expor os conteúdos na internet. Já o filho da brasileira, Matthew Cassini, de 20 anos, enfrenta uma acusação de agressão sexual.
O FBI invadiu a casa da brasileira na Flórida, na última terça-feira (5), e encontrou câmeras e tripés usados para registrar os abusos junto a transações financeiras ligadas à organização criminosa. De acordo com o juiz Donald Hafele, que atuou no caso, “a extensão disso provavelmente nunca será conhecida”. Os réus permanecem presos sem direito à fiança.