JSNEWS – Na madrugada de 17 de junho de 2025, um brasileiro natural de Itanhomi, Minas Gerais, identificado como Cléber Reis, conhecido como “Picapal”, foi morto a tiros durante uma invasão domiciliar no bairro Tacony, na Filadélfia, Estados Unidos. O crime ocorreu em uma pensão compartilhada (“rooming house”) na quadra 7200 da rua Walker, segundo a emissora local 6ABC Philadelphia.
Embora a imprensa americana não tenha divulgado a identidade da vítima fatal devido às investigações em andamento, reportagens do G1 Vales de Minas Gerais e do portal Mix Vale, publicadas em 18 de junho de 2025, confirmam que o homem baleado no carro nos fundos da residência era Cléber Reis.
De acordo com o Inspetor-Chefe da Polícia da Filadélfia, Scott Small, dois homens bateram à porta dos fundos da residência por volta das 3h, foram autorizados a entrar e desceram ao porão, onde dispararam contra um homem que sobreviveu e foi internado em condição estável após cirurgia.
Ao sair da casa, durante a fuga, os suspeitos atiraram contra um homem que posteriormente foi identificado pela imprensa brasileira como Cléber, ele havia acabado de chegar e ainda estava dentro do carro, estacionado em um beco nos fundos da residência. Ele morreu ainda no local.
A polícia ainda não identificou os suspeitos nem o motivo da invasão.
Cléber Reis, conforme relatado pelo G1 e Mix Vale, era pai, trabalhava na construção civil na Filadélfia e já havia vivido em Sarasota, Flórida.
Em Itanhomi, ele era conhecido por gerenciar um lava-jato. Sua morte gerou comoção na cidade natal, onde amigos e familiares se mobilizam para repatriar o corpo.
segundo a 6ABC News, o bairro de Tacony, onde ocorreu o crime, tem histórico de violência urbana, e residências como a pensão onde Cléber morava são comuns entre imigrantes, mas frequentemente vulneráveis a crimes. A investigação continua e nenhuma prisão foi efetuada, a polícia da Filadélfia solicita informações pelo número 215-686-TIPS.
Em nota à imprensa brasileira, o Ministério das Relações Exteriores informou que, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Nova York, acompanha o caso, e esta em contato com a família da vítima e com as autoridades locais e esclareceu que, em situações de falecimento de brasileiros no exterior, as embaixadas e consulados prestam assistência consular, orientam os familiares e cuidam da emissão de documentos, como o atestado consular de óbito, após os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais.
O Itamaraty reforçou ainda que o traslado dos corpos é uma decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos, conforme prevê o decreto nº 9.199/2017.
Por fim, o ministério ressaltou que, por questões de privacidade e por força da Lei de Acesso à Informação, não divulga dados pessoais de cidadãos nem detalhes sobre o tipo de assistência prestada.