Da Redação – O Ônibus levava passageiros para os Estados Unidos e transportava famílias inteiras de chilenos, equatorianos e venezuelanos.
A vice-diretora do Serviço Nacional de Migração do Panamá, María Isabel Saravia, divulgou a nacionalidade das vítimas. No entanto, não há especificação se os brasileiros estão entre os mortos ou entre os sobreviventes.
“É muito lamentável o que aconteceu. Havia [pessoas] de todas as nacionalidades. Dentro desse veículo, havia venezuelanas, equatorianas, do Brasil, do Chile… Há dois panamenhos que ainda estamos a confirmar se foram identificados”, disse María Isabel em entrevista à rádio local RPC.
O veículo levava 66 pessoas, incluindo o motorista e o auxiliar, afirmou o chefe de operações de trânsito da polícia, comissário Emiliano Otero. Vários feridos foram levados em ambulâncias para o hospital da cidade de David, na província de Chiriquí. De acordo com a imprensa panamenha, dez crianças foram transferidas para o
Hospital José Domingo de Obaldía, três em estado grave.
“Estavam lá famílias completas, famílias com filhos de 2, 4, 9 e 10 anos. É incalculável a perda de uma vida humana e mais ainda de inocentes que, juntamente com seus pais, iniciaram uma jornada para ter um futuro melhor”, acrescentou María Isabel.
Rumo aos Estados Unidos
O ônibus transportava os imigrantes de Darién, área na selva equatorial que faz fronteira com a Colômbia, até a fronteira com a Costa Rica para que prosseguissem a viagem em busca de uma entrada nos Estados Unidos, mesmo que de maneira ilegal.
A embaixadora dos EUA no Panamá, Mari Carmen Aponte, lamentou as mortes dos imigrantes. “É com muita dor que apresento minhas condolências às famílias afetadas pelo trágico acidente que causou a morte de migrantes em Chiriquí. Nossa embaixada está em comunicação com o governo do Panamá e organizações internacionais para prestar apoio às vítimas”, escreveu.
O número de migrantes sem documentos que chegaram ao Panamá com o objetivo de seguir viagem para os Estados Unidos quase dobrou em 2022, atingindo um recorde de 248.000, e mais da metade eram venezuelanos, informou a autoridade de imigração em 1º de janeiro.