COM REUTERS – Os 34 brasileiros e familiares que estavam em Wuhan, cidade chinesa que é o epicentro de um surto de coronavírus, chegaram no início da manhã deste domingo na base aérea de Anápolis, em Goiás, onde iniciaram um período de 18 dias de quarentena.
De acordo com informações do Ministério da Defesa, os 34 passageiros estão em bom estado de saúde e nenhum deles apresenta qualquer sintoma de infecção pelo novo coronavírus, que já matou 811 pessoas na China, superando o número de mortes provocado pelo surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) entre 2002 e 2003.
Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados na sexta-feira, o país não tem nenhum caso confirmado de infecção pelo novo coronavírus.
Além dos 34 brasileiros e familiares, também foram transportados 4 poloneses e 1 chinês, que desembarcaram em Varsóvia, capital da Polônia, informou a Força Aérea Brasileira (FAB).
Ainda de acordo com a FAB, a base aérea de Anápolis tem de prontidão um helicóptero e um avião com configuração de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea para a eventualidade de um dos repatriados apresentar sintomas e ser levado para o Hospital da Força Aérea, em Brasília.
As duas aeronaves usadas na repatriação chegaram à base aérea goiana pouco depois das 6h deste domingo. Ao entrar no espaço aéreo brasileiros, e antes de uma escala em Fortaleza, última parada antes de Anápolis, os repatriados receberam uma mensagem do presidente Jair Bolsonaro.
“Ninguém ficou para trás. Somos um só povo, uma só raça, somos irmãos. As nossas Forças Armadas, os ministérios das Relações Exteriores e da Saúde, a Câmara e o Senado, bem como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) trabalharam incessantemente para que essa missão fosse coroada de sucesso”, disse o presidente aos passageiros.
“Sejam bem-vindos. Daremos a todos o melhor de nós. É muito bom tê-los de volta”, acrescentou Bolsonaro, que antes de decidir pela repatriação —o que aconteceu após a divulgação de um vídeo de brasileiros na China pedindo a retirada— chegou a considerar que não seria oportuno buscar os brasileiros na China, alegando a falta de uma legislação sobre quarentena, posteriormente aprovada em tempo recorde na Câmara dos Deputados e no Senado.