As residências da Califórnia com painéis solares receberão créditos menores pela exportação de energia excedente para a rede, decidiram reguladores de serviços públicos em votação na quinta-feira, dizendo que a mudança seria mais justa para os contribuintes de baixa renda e ainda manteria uma indústria solar saudável.
Durante décadas, os californianos com painéis no telhado têm recebido créditos pelo excesso de energia gerada igual ou próximo à tarifa total de eletricidade no varejo.
A votação unânime dos cinco membros da Comissão de Serviços Públicos da Califórnia (CPUC) reduziu a taxa, que será determinada pelo custo que a concessionária teria gastado para comprar energia limpa em outro lugar. As taxas variam de acordo com a concessionária e a hora do dia.
A decisão é um golpe para as empresas de energia solar do Estado, que disseram que a nova política retardaria as instalações e prejudicaria as metas de energia limpa da Califórnia.
Os defensores dizem que esse incentivo foi crucial para combater a mudança climática, mas os críticos afirmam que favoreceu injustamente apenas aqueles ricos o suficiente para pagar a energia solar.
“Esta decisão é significativamente mais justa do que o status quo”, disse a presidente da CPUC, Alice Reynolds, antes da votação.
A nova política, proposta pela primeira vez no mês passado, altera a chamada política de “medição líquida” e entrará em vigor no primeiro semestre do ano que vem.
Ela oferecerá novos créditos para sistemas combinados com baterias, que permitem que as residências mantenham o excesso de energia em reserva quando a demanda é baixa e, em seguida, alimentem a rede após o anoitecer, quando os recursos de energia solar param de produzir mas a demanda é alta.
A votação estava sendo observada em todo o país porque as políticas feitas na Califórnia costumam servir de modelo para outros Estados que buscam substituir os combustíveis fósseis por energia renovável.