AE – Caminhoneiros realizam protestos na manhã desta 6ª feira, com bloqueios em pelo menos 2 pontos da cidade de São Paulo: um na Marginal Tietê (sentido Ayrton Senna), na altura do km 13 até o km 16, e outro na altura do Cebolão, que liga as marginais Tietê e Pinheiros, no sentido Rodovia Castello Branco.
O protesto é contra as novas medidas de restrições anunciadas pelo governador, João Doria (PSDB), nessa 4ª feira.
A manifestação começou às 5h30, e por volta das 7h30, todas as faixas das pistas expressa e local da Marginal Tietê estavam interditadas no sentido Ayrton Senna. Vans e caminhões estão parados na pista e só liberam a passagem de carros de passeio e motocicletas. Os motoristas carregam faixas contra Doria.
A secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, pediu a liberação das vias para a chegada de insumos hospitalares e de pacientes aos hospitais.
De acordo com o presidente da Federação dos Caminhoneiros e Transporte Autônomos de Veículos Rodoviários de Estado de São Paulo, Claudinei Pelegrini, o protesto conta com apoio de motoristas de veículos menores, como vans e picapes, que são mais afetados pelas medidas restritivas adotadas pelo governo paulista.
Grande parte dos caminhoneiros integra a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro, adversário político de Doria e também avesso à adoção de medidas de isolamento social. Nas últimas semanas, o chefe do Executivo
federal tem acenado à categoria, anunciando a troca do comando da Petrobras em resposta ao aumento do preço de combustíveis e também a desoneração de impostos federais sobre o diesel.
Esta não é a 1ª vez que Doria é alvo de protestos por causa das políticas adotadas para enfrentamento da pandemia.
Em janeiro, donos de restaurantes e bares protestaram contra as ordens de Doria que obrigavam o fechamento de comércio não essencial.