Collins, segundo a CNN, denunciou que funcionários da Casa Branca lhe comunicaram que não poderia participar do evento com Trump e Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, por ter feito mais cedo perguntas “impróprias” ao presidente americano. “Condenamos com força a decisão equivocada e imprópria da Casa Branca de impedir o acesso de um dos nossos funcionários a uma entrevista coletiva aberta por ter realizado perguntas que não gostaram”, protestou a Associação de Correspondentes da Casa Branca.
“Este tipo de retaliação é absolutamente impróprio, equivocado e pusilânime, e não pode prevalecer”. A CNN também condenou a decisão: “apenas porque a Casa Branca se sente incomodada por uma pergunta sobre notícias do dia não signifi ca que ela não seja relevante ou não deve ser feita”. A porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders informou que Collins teve seu acesso negado após se recusar a sair do local ao final de outra entrevista.
“No fim de uma coletiva no Salão Oval ela gritou perguntas e se negou a sair, apesar de solicitada várias vezes. Assim, nosso pessoal lhe informou que não seria mais bem-vinda no próximo evento na Casa Branca, mas fi cou claro que qualquer outro jornalista da sua rede poderia participar”. A administração Trump tem uma relação confl itiva com a imprensa americana, a qual o presidente Trump costuma atribuir “Fake news”. Olivier Knox, presidente da Associação de Correspondentes da Casa Branca, criticou a decisão da assessoria de Trump.
“Condenamos veementemente a decisão equivocada e inadequada da Casa Branca de impedir um dos nossos membros de participar de um evento de imprensa aberto depois que ela fez perguntas que eles não gostaram”, disse Knox em um comunicado, segundo a Reuters. Os jornalistas de outras emissoras demonstraram solidariedade com a colega e estão atentos para observar se a ação da assessoria de Trump marca o início de uma nova postura ainda mais hostil em relação à imprensa.
A Fox News, frequentemente elogiada por Trump, divulgou um comunicado dizendo que é solidária com a CNN “pelo direito ao acesso total de nossos jornalistas como parte de uma imprensa livre e irrestrita”