A cidade de São Paulo irá estender a quarentena até o dia 1º de junho, período em que as atividades não essenciais irão permanecer paralisadas. A decisão será anunciada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) nesta sexta-feira, 8, durante coletiva de imprensa.
A decisão do governador João Doria (PSDB) de flexibilizar a quarentena em todo o estado a partir da próxima segunda-feira, 11, a partir da divulgação de um plano de retomada das atividades, teve que ser revista diante das altas recorrentes no número de casos confirmados e mortes registradas no interior e litoral paulistas.
Levantamento divulgado pelo governo estadual apontou que, nos últimos dias, o registro de novos casos tem aumentado quatro vezes mais em cidades do interior e do litoral em comparação com o comportamento da curva da Grande São Paulo, epicentro da epidemia no estado. No mês de abril, o número de diagnósticos por coronavírus subiu 3.302% no interior – saltou de 129 para 4.300, até o dia 30 de abril.
Entre as medidas de retomada das atividades a serem anunciadas pelo governo sob o projeto batizado de Plano São Paulo – e válidas para todo o estado -, estão a reabertura de salas de cinema com limitação de assentos a partir da técnica “tabuleiro de xadrez” (alternando poltrona ocupada com poltrona vazia), sistema de escaneamento de ingressos para evitar o contato com funcionários e venda de bebidas e alimentos somente em pacotes fechados.
Nos parques, as medidas restritivas incluem permissão para atividades físicas de forma individual ou em grupos de pessoas que vivem na mesma casa. O uso de bancos será proibido. Nos salões de beleza, as reaberturas serão com quadro reduzido de funcionários e uso obrigatório de mecanismo de limpar sapatos com hipoclorito de sódio antes de entrar no estabelecimento.
Nas academias de ginástica, será restringida a entrada de um cliente para cada 4m². As regras tiveram como inspiração práticas estabelecidas em países como Estados Unidos, Alemanha e Dinamarca.