Da Redação – A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, nesta quinta-feira, 29, que os programas de admissão com base na raça e etnia da Universidade de Harvard e da Universidade da Carolina do Norte são inconstitucionais, restringindo a ação afirmativa em faculdades e universidades de todo o país — revertendo um entendimento que há 45 anos em mais uma decisão histórica que pode significar menos estudantes negros e hispânicos nas melhores universidades do país e forçar centenas de instituições a reformular suas políticas de admissão.
A Corte determinou que os procedimentos de admissão com base na cor da pele, ou na origem étnica dos candidatos, são inconstitucionais, rejeitando os argumentos das universidades de que seus programas foram implementados para garantir a diversidade nos campi.
O presidente da Corte, John Roberts Jr., escreveu a opinião da maioria, dizendo que os programas violavam a cláusula de proteção igualitária da Constituição. “Ambos os programas carecem de objetivos suficientemente focados e mensuráveis que justifiquem o uso da raça”, disse, acrescentando que “inevitavelmente empregam a raça de maneira negativa” e envolvem “estereótipos raciais”.
“Nunca permitimos que os programas de admissão funcionassem dessa maneira e não o faremos hoje”, continuou. Os alunos, escreveu ele, “devem ser tratados com base em suas experiências como indivíduos, não com base na raça”.