Da redação – O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulgou nesta quinta-feira, 28, que 2,1 milhões de pessoas deram entrada no seguro desemprego na última semana, elevando o total de desempregados no país para mais de 40 milhões – a maior cifra desde a Grande Depressão de 1929.
O total de desempregados, contudo, pode ser ainda maior, pois o sistema de processamento de dados não foi projetado para um solavanco tão brusco da economia e os pedidos estão sendo analisados com lentidão.
Antes da pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, os Estados Unidos mantinham uma taxa de desemprego de 3,6% – a menor em 51 anos.
Mas a crise sanitária, que alcançou as economias de praticamente todos os países, fez o desemprego disparar para 14,7% em abril – quase o dobro do que foi registrado após a crise de 2008. Atualmente, os Estados Unidos são o país mais afetado pela Covid-19 e contabilizam mais de 100.000 mortos e 1,7 milhões de casos diagnosticados (os números são da universidade Johns Hopkins, afirmando que a barreira simbólica dos 100.000 mortos foi ultrapassada nessa terça-feira, 26).
Enquanto a taxa de infecção e mortos caem, os governadores já iniciaram a reabertura da economia de seus estados. O presidente Donald Trump quebrou seu silêncio nesta quinta-feira e ofereceu suas condolências às famílias das vítimas de Covid-19 pela primeira vez, pelo Twitter.
Mas a crise do coronavírus não abalou somente a economia dos Estados Unidos. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o crescimento global cairá em 3%, enquanto os americanos irão sentir uma contração de 5,9% em 2020.