AP – A senadora Elizabeth Warren anunciou nesta segunda-feira, 31, sua candidatura às eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos. Crítica dos grandes bancos e do livre mercado, a política do Estado de Massachusetts se tonou a primeira candidata do Partido Democrata a oficializar sua participação na corrida.
Warren, de 69 anos, publicou um vídeo em sua página no Twitter anunciando sua decisão. “A classe média americana está sob ataque”, afirmou, alertando que as famílias dos Estados Unidos são vítimas de armadilhas armadas pelas grandes corporações e por bilionários.
“Mas esse caminho escuro não precisa ser o nosso futuro”, completou a senadora, conhecida como uma liberal incendiária dentro de seu partido. “Nós podemos fazer nossa democracia funcionar para todos. Nós podemos fazer nossa economia funcionar para todos.”
Em um e-mail enviado aos seus eleitores, Warren também anunciou que está formando um comitê exploratório, que lhe permitirá levantar fundos e preencher cargos importantes antes de dar partida em sua candidatura presidencial.
A corrida para as primárias democratas, que escolherá o candidato à Presidência que representará o partido em 2020, promete ser uma das mais disputadas e tensas da história, já que a legenda tem se mostrado desesperada para derrotar o presidente Donald Trump em sua tentativa de reeleição.
Além de Warren, outros nomes que surgiram para a disputa são o do ex-vice-presidente Joe Biden, do ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg e dos senadores Cory Booker, Kamala Harris, Kirsten Gillibrand e Bernie Sanders.
Biden e Sanders já concorreram às primárias democratas em anos anteriores e devem divulgar seus planos em breve, segundo a imprensa americana.
Ex-professora da Faculdade de Direito de Harvard, Warren fez campanha para a candidata democrata à Presidência Hillary Clinton em 2016 e classificou Trump como um “magnata inseguro” impulsionado pela ganância e pelo ódio.
Warren e Trump entraram em confronto com frequência durante a campanha presidencial de 2016 e o republicano bilionário chegou a criticar sua reivindicação de ascendência indígena, referindo-se a ela como “Pocahontas”.
Em outubro, Warren divulgou uma análise de DNA que, segundo ela, reforça a afirmação de que ela pertence a uma linhagem de nativos norte-americanos que remonta de seis a dez gerações.
Trump em busca da reeleição
Uma pesquisa realizada pelo Centro para Estudo da Política Americana da Universidade de Harvard com exclusividade para o site especializado na cobertura política The Hill indicou que Donald Trump teria o apoio de 33% dos eleitores para sua reeleição.
O estudo, divulgado na semana passada, entrevistou 1.473 eleitores. Desse total, 22% disseram que “definitivamente” votariam em Trump em 2020, enquanto 11% afirmaram que “provavelmente” votariam no presidente.
Outros 33% responderam que “definitivamente” votariam em um democrata na próxima eleição presidencial, e 11% dos entrevistados disseram que “provavelmente” votariam em um eventual oponente democrata.