Por: Edel Holz – Desde que me entendo por gente, aprendi no mês de coisas, lugares, músicas e pessoas. O primeiro nome difícil que aprendi, foi o meu. Edel Weiss é difícil de escrever e de falar. Mais ainda para uma criança.
Minha mãe dizia: Vou ver a novela da Aracy Balabanian. Minha cabeça pensava: – Bala o que? Meu tio era otorrinolaringologista. Pra mim isso era palavrão. Era só eu ficar braba que mandava logo um otorrinolaringologista! E pra falar isso tudo? cruzes!
A gente brincava na rua em frente à vovó Inocência e vovó falava: cuidado para não caírem no paralelepípedo! Custei pra dizer fósforo. Falava fosfi . O dia que vi Mary Poppins pela Primeira vez, amei o “Supercalifragilisticexpialidocious”. Custei, mas aprendi a música e como me fazia bem essa palavra.
Mais tarde aprendi Schearzenegger Bundchen e tantos outros nomes incomuns.
Nomes que ficam nas nossas mentes pra sempre, os complicados e os simples. Nome de mãe, de pai, de filho… Nomes que escolhemos pros nossos bichos… Nomes de peças de teatro, de filmes, de brincadeiras… Nomes que trazem memórias e nos fazem chorar… nomes que nos fazem rir… Nomes, apelidos e sobre nomes permanecerão intactos em algum lugar da memória.
SOBRE A COLUNISTA: Edel Holz é a mais premiada e consagrada atriz, roteirista, diretora e produtora teatral brasileira nos Estados Unidos. Inquieta e de mente profícua, Edel tem sempre um projeto cultural engatilhado para oferecer para a comunidade brasileira. Depois de anos de ausência, Edel volta a abrilhantar as páginas de um jornal. Damos as boas-vindas à poderosa e de mente efervescente Edel.