Edel Holz – Quem nunca sonhou que estava caindo num buraco fuuuuuuundooooo? Ou então voando, correndo, nadando? Perdi as contas de quantas vezes fiz xixi na cama depois de grande por pura preguiça de levantar-se da cama quentinha. Me via no banheiro, apalpando a privada e tudo. E não ė que era sonho? Uma vez, sonhei que tinha comido fermento e todo mundo virava pão, rosca, broa e eles todos inflavam no ar.
Eu sorrio muito quando sonho. Fernando fala, papai roncava e Sophia range os dentes a noite inteira.
Minha mãe estava na UTI e eu sonhei com um avião. Ela dentro dele, me puxando pela mão. Eu não queria voar. Queria ficar na terra. Ela me puxava e eu berrava um grito abafado, desesperado, que me acordou junto com o barulho do telefone. Atendi ofegante e do outro lado me diziam que ela acabara de partir para o outro mundo.
Já tive inúmeros sonhos premonitórios como esse. Às vezes a gente não tem ideia do que eles querem nos dizer. Já tive sonhos lindíssimos, daqueles que a gente não quer acordar nunca mais.
Como por exemplo o dia em que eu beijava o Brad Pitt. Acordei com meu marido me fazendo carinho. O Fernando ė minha alma gêmea, real, gostoso e inteligente. Bota o Brad Pitt no chinelo.
Mas que sonhar com o Brad foi bom, ah…isso foi!
SOBRE A COLUNISTA: Edel Holz é a mais premiada e consagrada atriz, roteirista, diretora e produtora teatral brasileira nos Estados Unidos. Inquieta e de mente profícua, Edel tem sempre um projeto cultural engatilhado para oferecer para a comunidade brasileira. Depois de anos de ausência, Edel volta a abrilhantar as páginas de um jornal. Damos boas vinda à poderosa e efervescente Edel.