Todas as manhãs, quando subo nela, cheia de esperança, ela se mostra fria e impávida diante ao meu desapontamento. “Não acredito! Não abaixou nenhum kilinho de ontem pra hoje? Cortei tudo o que engorda, não posso pôr açúcar nem no café…Caminho diariamente cerca de 2 km por dia e nada? Claro que ela não responde. Ela não fala. Pois fico de mal com ela”.
Durante uma semana nem te ligo. E continuo a minha maratona diária de folhas, legumes, frutas, suco detox, água de beringela, dança, caminhada, yoga e meditação. Nem um copinho de cerveja gelada nesse verão. Após 7 dias, resolvi falar um oi pra ela, lhe dar uma chance.
Confesso que desta vez subi nela sem nenhuma esperança e pra minha surpresa, perdi dois kilos. Agradeci, a perdoei pelos números de outrora e fi quei alí, admirando o resultado do meu esforço e da minha intensa determinação.
Pedi desculpas por ter sido tão desaforada e sei que me desculpou. Afinal, nós nos entendemos: eu e a balança. A balança e eu!