Por: Edel Holz – Festa profana? pagã? orgia? bacanal? Não senhor! É simplesmente nosso carnaval! Somos quem queremos ser- odalisca, Cleópatra, bruxa, havaiana, polícia, bandido, cowboy, mulher das cavernas… Já desfilei com fantasia original – e ganhei o primeiro lugar na rua e no clube.
Já pulei em bloco e fui destaque em carro alegórico. Já fui índia, já vesti macaquinho de fórmula 1, já cheirei muito lança perfume e até loló. Já beijei três bocas diferentes na mesma noite e já comi hambúrguer na madrugada da Quarta-Feira de Cinzas, quando começa a quaresma. já vi muitas gravidezes se iniciarem logo depois do carnaval.
E as marchinhas? Que delícia… fazíamos trenzinho, pulando marchinhas pelo imenso salão do CPN. Quando morava no Rio, queria sossego e ia com amigos a um sítio em Aparecida pra nos isolarmos do mundo.
Nunca fui à Bahia. Se for, tenho certeza de que ficarei por lá pra sempre! Amo o calor, o mar, o sol, as religiões, a comida- absolutamente tudo! Meu sonho é desfilar na Mangueira no chão sentindo o tremor e a energia da avenida, transbordando o sambódromo de alegria. Enquanto isso não acontece, bora pular e cantar um samba enredo, um axé ou uma marchinha atual a ritmo de funk! A ordem é mexer o esqueleto pra não ficar parado de jeito nenhum porque afinal- é Carnaval!
SOBRE A COLUNISTA – Edel Holz é a mais premiada e consagrada atriz, roteirista, diretora e produtora teatral brasileira nos Estados Unidos. Inquieta e de mente profícua, Edel tem sempre um projeto cultural engatilhado para oferecer para a comunidade brasileira. Depois de anos de ausência, Edel volta a abrilhantar as páginas de um jornal. Damos as boas vinda à poderosa e de mente efervescente Edel.