Da Redação – Em conversas com o alto escalão da administração Biden em Washington com enviados do governo de Cuba sobre imigração, os enviados cubanos pediram aos Estados Unidos acabe com o tratamento especial dado aos cidadãos cubanos que entram ilegalmente em seu território.
Reuniões com altos funcionários de ambos os países, como esta dessa terça-feira, 16, ocorriam duas vezes por ano e foram suspensas suspensas durante a presidência de Donald Trump e retomadas em 2022. De acordo com autoridades migratórias norte americanas em 2021 cerca de meio milhão de cubanos chegaram aos Estados Unidos, a maioria em embarcações improvisadas.
Cuba está atravessando uma profunda crise econômica caracterizada pela escassez de produtos básicos, inflação desenfreada e falta de energia elétrica.
O objetivo da reunião dessa terça-feira foi promover uma imigração segura, legal e ordenada entre os dois países.
Johana Tablada de la Torre, vice-diretora de questões dos EUA no Ministério das Relações Exteriores de Cuba, expressou frustração por não conseguir atingir alguns objetivos firmado entre ambos os países em reuniões anteriores, ao mesmo tempo ela disse que os diálogos entre autoridades de ambos os países, como estes de terça-feira, continuam sendo importantes e um dos poucos pontos de contato sob a administração do presidente Joe Biden.
O governo de Cuba culpa as sanções dos EUA por estrangularem a economia da ilha e a Lei de Ajuste Cubano de 1966, que concede direitos especiais de entrada aos cubanos e apoio quando eles chegam, é visto pelas autoridades cubanas como um meio de encorajar a juventude daquele pais a emigrar.
Os Estados Unidos, principal destino de imigrantes cubanos, diz por sua vez que é a falta de liberdades civis e direitos humanos em Cuba, combinada com uma economia dominada pelo Estado é que força seus cidadãos a emigrar.