Da Redação – Um relatório do departamento de Segurança Interna (United States Department of Homeland Security- DHS) que foi apresentado nessa terça-feira, 20, ao Congresso dos Estados Unidos, informa que os agentes da Imigração e Alfândega (U.S. Immigration and Customs Enforcement – ICE), encarregados de monitorar o bem estar das crianças imigrante que entram desacompanhadas nos Estados Unidos, não sabem o paradeiro de mais de 32 mil menores que cruzaram a fronteira sul desacompanhadas, esses menores foram libertados sob custódia de um membro da família um tutor.
A preocupação dos investigadores é que essas crianças possam estar sofrendo algum tipo de abuso como exploração sexual ou submetidas a trabalhos forçados. O relatório que abrange os anos de 2019 a 2023, inclui a administrações Donald Trump (2017-2021) e do presidente Biden, nesse período as autoridades migratórias assumiram a custódia de 448 mil crianças que entraram no país desacompanhadas.
O ICE também deixou de emitir o ‘aviso para comparecer’ a um tribunal de imigração de (NTA) a ceca de 291 mil menores. Ao não emitir esse aviso, o ICE limitou as chances de monitorar o bem estar dessas crianças reduzindo assim os contato com elas após serem libertadas da custódia do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), o que reduz as oportunidades de verificar se elas estão em segurança. “Sem a capacidade de monitorizar a localização e de aplicar o ‘estatuto das crianças não acompanhadas’, o ICE não tem garantia de que elas estarão protegidas de qualquer tipo de exploração ou mesmo sendo submetidas a trabalho forçado”, conclui o relatório.
Os investigadores recomendaram que o ICE implemente um sistema automatizado para registrar o comparecimento dessas crianças nos tribunais e manter as informações básicas, como o endereço dessas crianças migrantes.
Por seu lado, o ICE respondeu que tomou medidas para identificar menores que não compareceram às audiências de imigração e notificar ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos.
Os resultados do relatório foram utilizados esta terça-feira pelo ex-presidente Trump, que acusou o governo Biden de perder “mais de 300.000 crianças imigrantes”, embora o relatório inclua dados de pelo menos dois anos da sua administração.
*Com informações da EFE .